Crime foi na noite de quinta (29) na Avenida dos Bandeirantes, em SP. Para Federação dos Motoclubes via é 'top 10' em assaltos a motociclistas.
O casal que viajava numa moto esportiva na noite de
quinta-feira (29) e foi morto a tiros por criminosos em outra moto,
durante uma tentativa de assalto na Avenida dos Bandeirantes, na Zona
Sul de São Paulo, estava numa via bastante visada por quadrilhas
especializadas em roubos de motocicletas de luxo. A afirmação foi feita
na manhã desta sexta-feira (30) ao G1 pelo delegado seccional Sul,
Adalberto Henrique Barbosa.
“A Avenida dos Bandeirantes, outras grandes avenidas da cidade, as marginais Pinheiros e Tietê, são visadas por quadrilhas especializadas em assaltar motociclistas para roubar motos de luxo. Esses criminosos atuam em trechos de grandes vias que têm conexões com rodovias, o que facilita a fuga deles após roubarem as motos”, disse o delegado seccional Adalberto Barbosa.
De acordo com a Polícia Civil, o comericante Rafael Jesus Fulaz, 31 anos, que dirigia a moto, e sua noiva, a corretora Sibele Carla Pedroso, de 36 anos, que estava na garupa, foram assassinados por dois homens armados perto das 21h de quinta.
O casal foi abordado pelos criminosos no semáforo da Avenida dos Bandeirantes, na altura da Rua Ribeiro do Vale, região do Campo Belo. As vítimas moravam em Mongaguá, no litoral paulista, e iam para Itu, no interior do estado. Rafael Fulaz havia comprado a moto Honda CBR 1000RR Repsol dias antes do crime. O modelo 2011 da motocicleta, zero km, é avaliado em R$ 55 mil.
Dez vias perigosas
Procurada para comentar o assunto, a Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo informou que a Avenida dos Bandeirantes, onde Sibele Pedroso e Rafael Fulaz foram assassinados é considerada a mais perigosa, entre outras dez vias, para motociclistas circularem na capital paulista.
O presidente da entidade, Paulo Cesar Lodi, afirmou que as outras nove vias mais perigosas da capital são: “Marginal Pinheiros, Avenida Aricanduva, Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Avenida Mutinga, Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, Avenida São João, Rua General Osório e Rodoanel Mário Covas”.
O crime
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 27º Distrito Policial, Campo Belo, após a dupla anunciar o assalto, Rafael acelerou a motocicleta, na tentativa de fugir, e os criminosos atiraram. Em seguida, o comerciante perdeu o controle da moto e colidiu com um Toyota Filder, que também foi atingido por disparos. O condutor e a garupa caíram.
Quando o casal já estava no chão, um dos assaltantes se aproximou e fez mais disparos. O comerciante foi baleado duas vezes na perna e uma nas costas. A corretora foi atingida duas vezes nas costas e uma no ombro. Os assaltantes não levaram a moto e fugiram em seguida na motocicleta que usavam.
As filhas de Sibele, de 19 e 6 anos, estavam num carro, atrás da moto do casal morto. Elas presenciaram o tumulto. Rafael era dono de uma borracharia e Sibele, de uma imobiliária. "Ela era trabalhadeira, ele trabalhava também. Tudo gente normal, gente boa", disse Luiz Carlos Gregório, tio dela.
Dicas
“Os criminosos deixam ‘olheiros’ nessas vias. Quando passa uma moto que interessa para o grupo, eles atacam violentamente. Por isso, é aconselhado nunca reagir a assaltos porque esses bandidos atiram nas vítimas. Geralmente, essas motos de luxo têm dois destinos quando são roubadas: ou vão para alguém que as encomendou ou são desmontadas e têm as peças vendidas a preços mais baixos”, disse o delegado seccional Adalberto Barbosa.
"Como motociclista, lamento profundamente o que ocorreu com essa família. O que posso pedir é mais policiamento da Polícia Militar nas ruas. Também recomendo aos motociclistas, principalmente aqueles que andam em motos caras, a andarem em grupos e evitarem circular sozinhos. Principalmente, não andar de moto nessas dez vias mais perigosas da capital pela manhãzinha, à tarde e a noite”, disse Paulo Lodi, presidente da Federação de Motoclubes.
Investigação
Questionada, a PM informou que faz patrulhamentos constantes nas vias da cidade e realiza operações de combate ao roubo de motos.
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Câmeras de segurança foram requisitadas pela investigação para saber se gravaram a ação criminosa. O objetivo dos policiais é tentar identificar os criminosos para prendê-los. Até as 12h40 nenhum suspeito havia sido detido.
São Paulo já registrou outros casos parecidos de tentativas de roubo a motos que acabaram na morte dos seus donos. Na noite de 2 de agosto, o delegado Paulo Pereira de Paula foi assassinado a tiros por criminosos que tentavam levar sua motocicleta na Marginal Tietê, na Zona Norte da capital.
“A Avenida dos Bandeirantes, outras grandes avenidas da cidade, as marginais Pinheiros e Tietê, são visadas por quadrilhas especializadas em assaltar motociclistas para roubar motos de luxo. Esses criminosos atuam em trechos de grandes vias que têm conexões com rodovias, o que facilita a fuga deles após roubarem as motos”, disse o delegado seccional Adalberto Barbosa.
De acordo com a Polícia Civil, o comericante Rafael Jesus Fulaz, 31 anos, que dirigia a moto, e sua noiva, a corretora Sibele Carla Pedroso, de 36 anos, que estava na garupa, foram assassinados por dois homens armados perto das 21h de quinta.
O casal foi abordado pelos criminosos no semáforo da Avenida dos Bandeirantes, na altura da Rua Ribeiro do Vale, região do Campo Belo. As vítimas moravam em Mongaguá, no litoral paulista, e iam para Itu, no interior do estado. Rafael Fulaz havia comprado a moto Honda CBR 1000RR Repsol dias antes do crime. O modelo 2011 da motocicleta, zero km, é avaliado em R$ 55 mil.
Dez vias perigosas
Procurada para comentar o assunto, a Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo informou que a Avenida dos Bandeirantes, onde Sibele Pedroso e Rafael Fulaz foram assassinados é considerada a mais perigosa, entre outras dez vias, para motociclistas circularem na capital paulista.
O presidente da entidade, Paulo Cesar Lodi, afirmou que as outras nove vias mais perigosas da capital são: “Marginal Pinheiros, Avenida Aricanduva, Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Avenida Mutinga, Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, Avenida São João, Rua General Osório e Rodoanel Mário Covas”.
O crime
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 27º Distrito Policial, Campo Belo, após a dupla anunciar o assalto, Rafael acelerou a motocicleta, na tentativa de fugir, e os criminosos atiraram. Em seguida, o comerciante perdeu o controle da moto e colidiu com um Toyota Filder, que também foi atingido por disparos. O condutor e a garupa caíram.
Quando o casal já estava no chão, um dos assaltantes se aproximou e fez mais disparos. O comerciante foi baleado duas vezes na perna e uma nas costas. A corretora foi atingida duas vezes nas costas e uma no ombro. Os assaltantes não levaram a moto e fugiram em seguida na motocicleta que usavam.
As filhas de Sibele, de 19 e 6 anos, estavam num carro, atrás da moto do casal morto. Elas presenciaram o tumulto. Rafael era dono de uma borracharia e Sibele, de uma imobiliária. "Ela era trabalhadeira, ele trabalhava também. Tudo gente normal, gente boa", disse Luiz Carlos Gregório, tio dela.
Dicas
“Os criminosos deixam ‘olheiros’ nessas vias. Quando passa uma moto que interessa para o grupo, eles atacam violentamente. Por isso, é aconselhado nunca reagir a assaltos porque esses bandidos atiram nas vítimas. Geralmente, essas motos de luxo têm dois destinos quando são roubadas: ou vão para alguém que as encomendou ou são desmontadas e têm as peças vendidas a preços mais baixos”, disse o delegado seccional Adalberto Barbosa.
"Como motociclista, lamento profundamente o que ocorreu com essa família. O que posso pedir é mais policiamento da Polícia Militar nas ruas. Também recomendo aos motociclistas, principalmente aqueles que andam em motos caras, a andarem em grupos e evitarem circular sozinhos. Principalmente, não andar de moto nessas dez vias mais perigosas da capital pela manhãzinha, à tarde e a noite”, disse Paulo Lodi, presidente da Federação de Motoclubes.
Investigação
Questionada, a PM informou que faz patrulhamentos constantes nas vias da cidade e realiza operações de combate ao roubo de motos.
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Câmeras de segurança foram requisitadas pela investigação para saber se gravaram a ação criminosa. O objetivo dos policiais é tentar identificar os criminosos para prendê-los. Até as 12h40 nenhum suspeito havia sido detido.
São Paulo já registrou outros casos parecidos de tentativas de roubo a motos que acabaram na morte dos seus donos. Na noite de 2 de agosto, o delegado Paulo Pereira de Paula foi assassinado a tiros por criminosos que tentavam levar sua motocicleta na Marginal Tietê, na Zona Norte da capital.
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