O japonês Iwao
Hakamata, de 89 anos, receberá uma indenização de 217 milhões de ienes (US$
1,45 milhão) por ter sido condenado injustamente e ficado quase 50 anos no
corredor da morte. A quantia, vista como a maior já paga pelo país em um caso
criminal, visa recompensar o idoso pela detenção, que afetou sua saúde física e
mental.
Hakamata foi
considerado culpado em 1968 de matar seu chefe, a esposa de seu chefe e os dois
filhos do casal, sendo sentenciado à morte. Um novo julgamento realizado em
2024, no entanto, reconheceu que policiais falsificaram as evidências que
constavam na investigação do assassinato quádruplo, resultando na absolvição do
japonês.
A indenização foi
concedida pelo juiz Kunii Koshi, na segunda-feira (24). O magistrado concordou
com os advogados de Hakamata, dizendo que o japonês sofreu dores mentais e
físicas "extremamente severas" na prisão.
Ele ressaltou ainda que
o japonês foi sujeito a interrogatório desumano coordenado entre várias
organizações investigativas.
O pagamento de 217
milhões de ienes representa 12.500 ienes (US$ 83) para cada dia dos 46 anos que
Hakamada passou na prisão. A quantia é o limite máximo permitido por lei.