
Acusado de estuprar
pacientes durante consultas, o médico Fernando Cunha Lima, pediatra que atuava
em João Pessoa, teve habeas corpus concedido pela Justiça da Paraíba. O pedido
foi feito pela defesa do acusado de estupro, preso ontem (7) e o mesmo foi
analisado durante o plantão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
Conforme o conteúdo, o
habeas corpus com pedido de liminar concedido pela juíza plantonista também
define que a audiência de custódia do acusado de estupros de crianças seja
realizada em Pernambuco, estado em que ele foi preso pela Polícia da Paraíba,
após quatro meses foragido.
“No caso concreto, conforme informado nos
autos, a prisão ocorreu no Estado de Pernambuco. Assim, este Juizo Plantonista
não detém competência para a realização da audiência de custódia, que deverá
ser realizada pelo Juizo competente daquela localidade”, diz trecho do
documento.
Acusado de abusos
sexuais, Fernando Cunha Lima, 81 anos, foi preso após meses se escondendo em
endereços no Grande Recife. Ele contava com uma rede de apoio, que segundo a
polícia, tinha entre seus integrantes filhos e a esposa do possível abusador.
Ontem (7), Fernando foi
encontrado em um imóvel no município de Paulista. A equipe da Delegacia de
Repressão ao Crime Organizado (Draco) bateu à porta e a esposa de Fernando
Cunha Lima atendeu, sem resistência. Foi dada a voz de prisão e o médico foi
levado pelos policiais.
A entrada na Cidade da
Polícia Civil foi tumultuada. Fernando Cunha Lima entrou escoltado pelos
policiais e os jornalistas o questionaram sobre as acusações feitas. O médico
negou ter cometido os crimes pelos quais foi denunciado.
Perguntado sobre ter
fugido da Paraíba, o pediatra respondeu que fez tal ação “porque queriam me
prender e eu não queria ficar preso.”
Ele completou dizendo
que, devido a problemas de saúde, ficará pouco tempo preso. “Eu tenho certeza,
vou ficar só dois dias.” Na coletiva de imprensa, o delegado-geral André Rabelo
disse que esse “deboche” é “muito grave”.