Estados entram na Justiça contra ordem de Trump que acaba com cidadania por direito de nascimento nos EUA

 



Procuradores-gerais de 18 estados dos Estados Unidos entraram com uma ação nesta terça-feira (21) para impedir a medida do presidente Donald Trump de encerrar uma política de imigração conhecida como cidadania por nascimento. O item garante cidadania a crianças nascidas nos EUA, independentemente de os pais estarem legalmente ou não no país.

A ordem executiva de Trump, emitida na noite de segunda-feira (20), com uma série de outras medidas, é uma promessa de campanha do republicano.

Ela exclui as seguintes pessoas da cidadania automática: aquelas cujas mães não estavam legalmente nos Estados Unidos e cujos pais não eram cidadãos ou residentes permanentes legais; pessoas cujas mães estavam no país legalmente, mas de forma temporária (caso de turistas, por exemplo), e cujos pais não eram cidadãos ou residentes permanentes legais.

Além disso, proíbe agências federais de reconhecer a cidadania de pessoas nessas categorias. A ordem entra em vigor em 30 dias, a partir de 19 de fevereiro.

Hoje, a cidadania por nascimento significa que qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos é cidadã, independentemente do status migratório dos pais. Esse direito é consagrado na 14ª Emenda da Constituição, ratificada em 1868, após a Guerra Civil, que afirma: "Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos e sujeitas à sua jurisdição são cidadãs dos Estados Unidos e do Estado onde residem."

Essa interpretação foi validada pela Suprema Corte do país no século 19. No entanto, Trump e seus aliados contestam a interpretação da emenda e defendem critérios mais rigorosos para a obtenção da cidadania. Na ordem executiva, o republicano alega que a "Décima Quarta Emenda nunca foi interpretada como uma extensão universal da cidadania para todos os nascidos nos Estados Unidos".

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