Após impasse, Israel aceita termos de acordo de cessar-fogo com Hamas

 



Israel aceitou os termos do acordo de cessar-fogo com o Hamas. Segundo o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o governo fará uma reunião ainda nesta sexta-feira (17) para analisar e votar o texto. Se aprovada, a trégua, que inclui a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, entrará em vigor no domingo (19).

 “O Estado de Israel está empenhado em alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo o retorno de nossos reféns, vivos e falecidos”, disse o gabinete, em comunicado. “O primeiro-ministro instruiu o Coordenador para os Reféns e Desaparecidos a coordenar os preparativos para receber os reféns após seu retorno a Israel”, acrescentou.

A notícia vem após um impasse no diálogo entre Israel e Hamas. Na quinta-feira (16), Netanyahu acusou o grupo palestino de mudar os termos do acordo de última hora e cancelou a reunião do gabinete. A alegação foi negada pelo Hamas, que afirmou que a organização estava comprometida com o acordo anunciado pelos mediadores.

Apesar do texto não ter sido oficialmente aprovado por Israel, grande parte da população já comemora o cessar-fogo, sobretudo pela promessa da libertação dos reféns. Por outro lado, uma ala, que inclui aliados de Netanyahu, se opõe fortemente à assinatura do acordo.

Entre eles está o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que ameaçou renunciar ao cargo se o texto fosse aprovado. "O acordo que está tomando forma é um acordo imprudente. Se este acordo irresponsável for aprovado e implementado, nós, os membros do Poder Judaico, enviaremos cartas de renúncia ao primeiro-ministro”, disse.

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