O Procon de São Paulo
notificou a empresa Emtram neste domingo (22), exigindo comprovações sobre a
regularidade do ônibus envolvido no acidente que causou a morte de 41 pessoas
próximo de Teófilo Otoni (MG).
A entidade também
solicitou informações sobre as medidas adotadas em relação às vítimas e seus
familiares, incluindo custos com despesas médicas e funerárias, além de dados
sobre a contratação de seguros.
Parentes das vítimas
relataram falta de apoio no guichê da empresa, localizado no Terminal
Rodoviário do Tietê, em São Paulo, de onde partiu o veículo com 44 passageiros
e o motorista. O acidente ocorreu durante a viagem para Jequié, na Bahia,
destino de 11 passageiros.
Entre os mortos estão
Gileusa, seu marido e a filha de sete anos, que viajavam para encontrar a
família no período de Natal. Em depoimento, Joélio, irmão de Gileusa, disse:
“um gerente falou para ir para Bom Sucesso (MG) que lá a gente ia ter alguma
informação, infelizmente ele desapareceu, sumiu e não tivemos informação
nenhuma”.
A empresa informou que
o ônibus estava revisado, com pneus novos, e contava com uma câmera de
monitoramento, cujas imagens já foram entregues à polícia para as
investigações. Apesar disso, familiares afirmaram que enfrentaram longas horas
de espera e falta de informações por parte da companhia. Um parente relatou que
só soube do falecimento de seus familiares pela imprensa, devido à ausência de
apoio da empresa.
O Procon deu um prazo
de sete dias para a Emtram apresentar as comprovações exigidas, buscando
respostas e providências para as famílias atingidas pela tragédia.