Os deputados da Coreia
do Sul aprovaram, neste sábado (14), o pedido de impeachment do presidente Yoon
Suk Yeol. A ação, sustentada pelo principal partido de oposição do governo, o
Partido Democrata, acontece em resposta à imposição de uma lei marcial pelo líder
– que foi revogada horas depois devido à forte oposição parlamentar.
Ao todo, dos 300
deputados, 204 votaram a favor do impeachment de Yoon (quatro acima do
necessário para aprovar o pedido), 85 votaram contra e três se abstiveram.
Outros oito votos, por sua vez, foram considerados inválidos.
Com o impeachment
aprovado, Yoon será afastado do cargo, que será assumido de forma interina pelo
primeiro-ministro, Han Duck-Soo.
Enquanto isso, o
processo será analisado pelo Tribunal Constitucional, que terá até seis meses
para dar um veredito. Caso sustentem o impeachment, Yoon será destituído e uma
nova eleição acontecerá em 60 dias.
Esse é o segundo
processo de impeachment contra Yoon este mês. No último sábado (7), o processo
chegou a ser analisado pelos deputados, mas apenas dois parlamentares do partido
governista votaram a favor, boicotando o texto. Isso porque, para passar pela
Casa, são necessários oito votos da sigla – como os conquistados neste sábado.
Ao ter o primeiro
pedido de impeachment negado, Yoo se desculpou por decretar a lei marcial,
alegando que agiu no desespero para conter o movimento pró-Coreia do Norte e
anti-Estado no país.
Ele afirmou, no
entanto, que não evitará a responsabilidade legal ou política pelo ato, e que
deixará seu partido decidir sobre sua permanência.