A Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciou após sofrer ataques racistas em sua
conta oficial no Instagram nesta semana. Nas publicações após a derrota da
Seleção para a Argentina, na última terça, e da seleção brasileira sub-17 para
a equipe argentina da categoria, na manhã desta sexta, houve comentários
comparando torcedores e jogadores brasileiros a macacos.
"A CBF já tomou as
medidas cabíveis nesse caso, que são: comunicar as autoridades policiais,
visando a identificação e punição dos autores desses ataques, pois se tratam de
crimes capitulados na legislação brasileira, inclusive punidos com pena de prisão.
Além disso, tais perfis foram denunciados ao Instagram. Também na esfera
desportiva, foram enviados ofícios à FIFA e Conmebol, dando ciência do fato.
Esse tipo de crime não
será tolerado. Ao contrário de um passado não tão distante, de uma CBF
indiferente, iremos enfrentar a questão do racismo e continuar empunhando a
nossa bandeira de combate a esse crime", disse a CBF em comunicado
oficial.
Segundo a CBF, o
presidente Ednaldo também foi alvo dos ataques. "De forma pejorativa e
desrespeitando não só a ele como a toda uma etnia, o classificaram como
índio", afirmou a entidade responsável pelo futebol brasileiro.
- Tenho orgulho de ser
o primeiro negro, nordestino, descendente de indígenas a ocupar a presidência
da CBF. Sempre soube e sigo consciente da minha luta e das dificuldades que
terei que passar ao longo da minha vida por não ter origem na elite do Brasil.
Luto por respeito a todos. Não vou me afastar jamais dos meus compromissos e
não serei intimidado por criminosos, racistas, xenófobos e corruptos que
transitam pelas sombras - disse o mandatário da CBF