O delegado preso em Patos,
no Sertão, nessa sexta-feira (4), retardava a distribuição do inquérito
policial vinculado à autuação em flagrante, para ocultar a apropriação do
dinheiro recebido como fiança policial, segundo informou a própria Polícia
Civil.
O servidor, que não
teve o nome divulgado, é investigado por crimes de peculato e prevaricação.
A investigação é da
Polícia Civil, assinada pelos delegados Cristiano Jacques (superintendente),
Paulo Ênio (seccional) e Renato Leite (municipal). A Corregedoria acompanhou as
buscas e a lavratura do flagrante.
O servidor é
investigado por crimes de peculato e prevaricação. De acordo com as
investigações, ele recebia valores referentes a pagamentos de fiança, em
espécie, mas não repassava esse dinheiro à instituição financeira oficial,
apropriando-se indevidamente dos recursos em benefício próprio, caracterizando
o crime de peculato.
Já a prevaricação
acontecia quando o investigado retardava a distribuição do inquérito policial
vinculado à autuação em flagrante, para ocultar a apropriação do dinheiro
recebido como fiança policial. A implantação do Processo Judicial Eletrônico
(PJe), em meados de 2020, foi fundamental para revelar as atividades ilícitas
do servidor policial preso nesta manhã.
Há indícios de que o
investigado costumava praticar esse tipo de conduta há cerca de oito anos.
Tudo indica, conforme
as investigações, que ele ocultou diversos inquéritos policiais em sua própria
residência, procedimentos que deveriam estar nas delegacias em que ele atuou ao
longo desses anos todos.