Opinião: debate do forró provoca Nordeste a decidir qual cara nosso São João deve ter




A repercussão do comentário do autor do Blog sobre o forró, ou a falta dele, no São João, me surpreendeu. Pelo alcance e pelos comentários. Pelo engajamento do debate nas redes sociais. Só no Instagram meio milhão de visualizações e mais de 15 mil comentários, até agora.

O que mostra que o grito de Flávio José foi só o estopim de uma bomba de insatisfação chiando. Um sentimento latente de parte dos nordestinos preocupados com os rumos de nossa festa tradicional.

O momento é importante para o Nordeste decidir o que quer fazer de sua principal manifestação cultural.

Que cara o nosso São João deve ter? A de Flávio José ou de Gustavo Lima. A de Santanna ou de Léo Santana, a de Alcymar Monteiro ou de Alok? A de Luiz Gonzaga, Elba, Marinês, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Antônio Barros e Cecéu, ou das playlists dos sucessos passageiros do spotfy?

Ou a gente se afirma ou as nossas festas juninas estão ameaçadas de se transformar em mais um evento como outro qualquer. Milho, balões, quadrilhas e forró vão virar peças de museu. Um museu de uma cultura morta. Assassinada – pouco a pouco – pela omissão de um povo que pode estar trocando sua preciosa identidade por bijuterias da moda.

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