O deputado federal
reeleito Wilson Santiago (Republicanos) confirmou que o nome do seu colega de
bancada paraibana e de Republicanos, Hugo Motta, teve o nome cogitado para
assumir um ministério no governo de Lula (PT) e que isso, inclusive, ainda pode
ocorrer no futuro em caso de uma formalização de apoio do partido para o novo
presidente.
Wilson Santiago também
deu detalhes de bastidores sobre a escolha do Republicanos por Hugo Motta para
liderar a bancada do partido na Câmara dos Deputados. De acordo com o
parlamentar, pesou o fato de Motta ser um deputado moderado que não defende
Lula nem Bolsonaro.
“Pode ser o deputado
Hugo Motta. Como todos sabem, ele tem um bom desempenho não só aqui [na
Paraíba], mas especificamente em Brasília. Foi conduzido mais uma vez à
liderança do partido por conta do comportamento dele. Existiam outros
interessados. Uma era defensora do governo do presidente Lula outro era
defensor do presidente Bolsonaro. Então ele como era o nome mais
consensualizado com relação a um conceito de perfil moderador com relação a
condução deste assunto, ele foi o escolhido”, explicou.
Segundo Wilson
Santiago, o Republicanos foi convidado para fazer parte da base de Lula e foi
convidado, inclusive, para ter um ministério. Porém, questões paroquiais
‘vetaram’ a aliança. Vale lembrar que o Republicanos é o partido de
bolsonaristas de carteirinha como: os senadores eleitos por Distrito Federal,
Rio Grande do Sul, Damares Alves, Hamilton Mourão, respectivamente, além do
novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“Acredito que sim [que o Republicanos vai ter
um ministério]. Não foi possível nesse primeiro momento. Até foi onvidado, mas
não foi possível exatamente por conta de algumas divergências, uma divisão que
existe em vários estados da federação. Por exemplo: o governador de São Paulo
[Tarcísio de Freitas] é do Republicanos. Tem um enfrentamento direto lá com o
próprio PT. O governador quer parceria, quer sim, já foi ex-ministro da
presidente Dilma, o presidente nacional do partido foi ministro do presidente
Lula. Então existe uma aproximação e uma capacidade muito grande de mudança.
Essas acomodações surgirão no decorrer dos debates”, observou.