Estande exibe vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, e candidata à imunização efetiva contra o novo coronavírus Foto: TINGSHU WANG / REUTERS
Brasil 247
A morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac se deu por suicídio, apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML), no início da tarde desta terça-feira (10), segundo a TV Cultura. Nada tem a ver com os testes, que foram suspensos por uma decisão política da Anvisa. Bolsonaro comemorou a decisão e afirmou numa rede social que “ganhou” do governador João Doria. A afirmação causou horror na sociedade e na oposição.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta terça-feira (9) os testes da vacina do imunizante, feita em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, após ter sido notificada sobre um “evento adverso grave” em um voluntário.
Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o governo de São Paulo indicou ser impossível relacionar o “evento adverso grave” com o fator que causou a morte um voluntário.
A suspensão do teste clínico da vacina gerou desconforto e estranheza no governo paulista, que teme que o episódio seja usado politicamente para retardar o cronograma de aprovação do imunizante e a vacinação.
O diretor geral do Instituto Butantan em São Paulo, Dimas Covas, acusou a Anvisa, sob direção do bolsonarismo, de suspender os testes da Coronavac sem qualquer motivo técnico. “Foi um óbito sem nenhuma relação com vacina. Estamos tratando de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina”, declarou.
Agindo politicamente, Jair Bolsonaro disparou fake news em comentário no Facebook na manhã desta terça-feira (10), apontando diversos efeitos colaterais da vacina Coronavac e disse “mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, referindo-se ao governador de São Paulo, que iniciou a parceria com a fabricante chinesa Sinovac para produção da vacina.