1 de 1 ONG Guajiru salva mais de 11 mil filhotes de tartarugas e consegue os melhores números dos últimos cinco anos — Foto: Rita Mascarenhas/ONG Tartarugas Urbanas Guajiru
Ao todo, 179 ninhos foram rastreados pela ONG Guajiru entre outubro de 2019 e julho de 2020.
2 de agosto de 2020 por G1 PB
De acordo com Danielle Siqueira, que computou os dados pela ONG Guajiru, a espécie tartaruga-de-pente, que é classificada como "criticamente ameaçada de extinção", é a mais comum do litoral paraibano, o que torna o trabalho ainda mais importante. "Os números são relevantes e mostra tamanho empenho e esforço da equipe como um todo", comenta.
Ela pondera ainda que, por causa da pandemia de coronavírus, a equipe da ONG foi drasticamente reduzida em 2020, mas ainda assim conseguiu-se números relevantes. E explica que o caso paraibano é extraordinário porque se trata de umas das poucas praias urbanas do mundo que ainda registram desovas de tartarugas.
"Algumas delas vão ser capaz de chegar à fase de atividade reprodutiva, de maturidade sexual, que no caso desta espécie é aos 30 anos de idade. É um longo período. Mas alguns desses filhotes vão voltar para a praia e deixar descendentes", comemora.
Danielle fala também de uma particularidade das tartarugas que, segundo ela, deixa todos ainda mais animados. "Este tipo de tartaruga tem fidelidade ao lugar de nascença. Então a tartaruga que nasceu aqui vai voltar para desovar na mesma praia que nasceu. É a garantia de que vai haver tartarugas desovando no litoral paraibano por vários anos daqui para a frente".
A Guajiru tem 18 anos de história. Atua no litoral paraibano, com ênfase na praia de Intermares e de Ponta de Campina, ambas em Cabedelo, onde estão a maioria dos ninhos.