Brasília(DF), 4/1/2018 – Presidente Jair Bolsonaro na passagem de comando da aeronáutica. Local: base aérea. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou, nesta quarta-feira (30), que o depoimento do porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – sobre a liberação da entrada do ex-Policial Militar Élcio Queiroz, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) –, não é compatível com a gravação da chamada feita pelo interfone da portaria.
Segundo o MP, o áudio mostra que quem autorizou a entrada de Élcio foi o sargento aposentado da Polícia militar Ronnie Lessa. A reportagem divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, diz que o porteiro citou a casa de Bolsonaro como sendo o destino desejado pelo PM. Contudo, a promotora do caso rechaça a possibilidade.
A Promotoria afirma que a investigação teve acesso à planilha do condomínio e lá consta que Élcio pediu para ir à casa 65, que corresponde ao endereço de Lessa.
Em um primeiro momento, a promotora Simone Sibilio, responsável pelo caso, chegou a afirmar que o porteiro havia mentido. “[O porteiro] Mentiu. As testemunhas prestam depoimento, e o MP checa. Nada passa sem ser checado”, disse. Ao retomar o assunto, Sibilio evita afirmar novamente que o porteiro mentiu: “A prova técnica juntada aos autos mostra que no dia 14 de março de 2018 às 17h07, quem autoriza a entrada de Élcio Queiroz no condomínio é Ronnie Lessa.”