Em três meses, açude de Boqueirão perde mais de 23 milhões de m³ de água


Nos últimos três meses, o açude Epitácio Pessoa, conhecido como Açude de Boqueirão, no Cariri paraibano, teve uma redução de 23 milhões de metros cúbicos de água – uma queda de 18%. Além de não receber mais águas da transposição do Rio São Francisco desde fevereiro, o reservatório abastece 19 cidades e ainda é usado para perenizar o Rio Paraíba.

Segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB), no último dia 1º de junho o açude estava com o maior volume registrado no ano: 122,7 milhões de m³ de água, o que correspondia a 26,3% da capacidade total do açude. Na sexta-feira (30), o reservatório estava com 99 milhões de m³ de água, que correspondem a 21,2% do volume total.

Desde o mês de fevereiro o bombeamento da transposição que leva a água do Rio São Francisco para a Paraíba foi suspenso, devido à necessidade de manutenções. Desde então, o açude tem recebido apenas recargas por meio das chuvas na região. Segundo a Aesa, o período comum de chuvas na região já acabou.

Uso da água
O açude de Boqueirão é usado para abastecer a população de Campina Grande e outras 18 cidades do Agreste paraibano. Além disso, ele também está sendo usado para perenizar o Rio Paraíba e levar água até a barragem de Acauã, que fica no município de Itatuba.

Redução da vazão

Do dia 8 de julho até a quinta-feira (29), a comporta do açude estava aberta e liberando 2 mil litros de água por segundo para a barragem de Itatuba, que atende a população de 11 cidades. Nesta quinta-feira, a vazão foi reduzida de 2 mil litros para 300 litros por segundo. Isso ocorreu porque o açude de Acauã já atingiu um volume satisfatório. A saída reduzida em 85% permite a garantia de segurança ecológica no Rio Paraíba.

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