A criança encontrada em estado de desnutrição, acorrentada, com sinais de espancamento e de queimaduras pelo corpo, na zona rural do município de Boqueirão, Cariri do Estado, após uma denúncia feita pelo Conselho Tutelar da cidade à Polícia Civil, continua internada.
O menino, de apenas sete anos de idade, que deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande nessa quarta-feira (10), não tem previsão de alta, conforme o boletim médico da unidade hospitalar.
O médico Gilney Porto, responsável pelo caso, afirmou que, apesar do quadro ser considerado estável no momento, a criança pode passar por uma cirurgia plástica de enxerto, já que apresenta uma queimadura extensa na região da cabeça, provavelmente provocada por um ferro quente.
Além disso, o médico destacou que a criança ainda apresenta um quadro de desnutrição, anemia, lesões no abdômen, escoriações e queimaduras pelo corpo.
Segundo ele, além do tratamento médico, o menino terá quer ser acompanhado psicologicamente por profissionais por um longo tempo devido ao grande trauma sofrido.
A vítima está acompanhada de familiares na ala pediátrica do hospital.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e a principal suspeita do crime é a própria mãe da criança, identificada como Maria Aparecida.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Iasley Almeida, a criança teria sido espancada com fios elétricos, cordas e queimada com velas pela própria mãe, que mantinha a vítima em cárcere privado e a submetia, além da violência física e psicológica, em condições precárias.
Segundo ele, além de maus-tratos, a polícia investiga o caso como tentativa de homicídio qualificado por tortura.