Centenas de peças de cobre que faziam parte de túmulos no cemitério do Monte Santo, em Campina Grande, foram furtadas. A direção dos cemitérios municipais enviou ofício à Polícia Militar, destacando que o problema é antigo e também ocorre em outros cemitérios da cidade.
Segundo o diretor Fernando dos Santos, apesar da presença de vigilantes em todos os turnos, os criminosos aproveitam momentos em que o local fica “deserto”, nas trocas de turnos ou fora de horários de visitação. A área do cemitério do Monte Santo conta com mais de 4 mil túmulos.
“Em partes, é difícil, porque eles vêm em horários em que a ronda não passou, ou que não tem polícia por perto. Temos segurança durante dia e noite. Também sempre enviamos ofício ao Governo do Estado para pedir rondas da Polícia Militar", diz.
O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (2ºBPM), tenente-coronel Rogério Damasceno, disse que o órgão sempre faz rondas de rotina ao redor do cemitério, mas destacou que a segurança na parte interna não é responsabilidade da PM.
Os furtos geram prejuízos, mas principalmente indignação das famílias das pessoas que estão enterradas no local. O empresário Ademar Veloso foi surpreendido essa semana ao encontrar o túmulo da família danificado.
No caso dele, criminosos serraram os braços de uma imagem do “Cristo Crucificado”, que fica em cima do túmulo da família de Ademar. O empresário disse que já temia que isso pudesse ocorrer. “Isso vem acontecendo há bastante tempo no Monte Santo e em outros cemitérios da cidade, como o de José Pinheiro, Araxá e Bodocongó. Os vândalos levam os objetos de valor, como as peças de cobre. Tudo que tenha valor pra ser comercializado estão levando”, disse.
No cemitério, as peças que mais furtadas são as argolas de cobre das gavetas dos túmulos. Algumas estão sem as peças há muito tempo, pois os donos, segundo o diretor, já cansaram de repor e depois terem mais prejuízo.