Chegou a 236 o número de mortos identificados no rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil de Minas Gerais informou, nesta segunda-feira (6), que Elizabete de Oliveira Espíndola Reis foi identificada pelo Instituto Médico Legal (IML). Outras 34 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Defesa Civil do estado.
Elizabete tinha 49 anos, era casada e trabalhava na cozinha da Vale como açougueira. Ela havia sido contratada pela terceirizada Sodexo há cerca de quatro anos.
No dia 25 de janeiro deste ano, a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, matando dezenas de pessoas e contaminando o Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco. Os rejeitos devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde muitos trabalhadores almoçavam na hora do rompimento.
A usina ITM de beneficiamento também foi atingida, assim como vagões de trens e veículos que estavam na empresa. Após varrer a mineradora, a lama atingiu comunidades de Brumadinho destruindo casas, inclusive uma pousada, e propriedades rurais.
No 102º dia de buscas, não chove em Brumadinho e 144 bombeiros militares atuam em 18 frentes de trabalho. Quatro cães, 114 máquinas pesadas e um drone são usados no resgate de vítimas.