Um jovem de 18 anos foi preso no município de São Sebastião de Lagoa de Roça, no Agreste paraibano, suspeito de ter assassinado o pai da namorada dele. Em depoimento à Polícia Civil, o jovem disse que teria praticado o crime para se vingar do homem que, segundo ele, abusava sexualmente da enteada, uma adolescente cuja idade não foi revelada.
A prisão foi realizada na quinta-feira (21) e o crime foi registrado na noite da terça-feira (19), quando dois homens encapuzados invadiram a casa do marceneiro Ivanildo de Souza Demétrio, de 37 anos, no sítio Geraldo, no momento em que ele jantava com a família, e anunciaram um assalto.
No entanto, os suspeitos ordenaram que a esposa e os filhos da vítima se afastassem. Nesse momento, foram efetuados vários disparos pelas costas do homem e golpes de faca. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do crime. Os suspeitos fugiram sem levar nada.
A Polícia Civil, através do Núcleo de Homicídios do município de Esperança, iniciou as investigações e conseguiu localizar o suspeito, com o apoio da Polícia Militar. O jovem, identificado como Henrique Pinheiro, foi preso em flagrante enquanto estava em um ônibus escolar, no mesmo município onde ocorreu o crime.
Em depoimento à polícia, Henrique contou que ficou sabendo que a namorada dele era abusada sexualmente pelo padrasto desde os 6 anos e resolveu fazer justiça com as próprias mãos, de acordo com o delegado Danilo Orengo.
O delegado disse ainda que o homem preso revelou que chegou a conversar com a sogra para relatar os abusos, mas nenhuma providência tinha sido tomada. O delegado perguntou o porquê do caso não ter sido comunicado à polícia e a família do homem assassinado disse que temia pela reação de Ivanildo, que era uma pessoa agressiva.
A Polícia Civil investiga o caso e está em busca do outro homem que teria ajudado Henrique a cometer o crime. O Jovem de 18 anos foi levado para a cadeia municipal de Esperança, onde se encontra à disposição da Justiça. O delegado contou que as vítimas de abusos sexuais não devem se abster de procurar a ajuda da polícia.