A Polícia Federal na Paraíba cumpriu,
desde primeiras horas da manhã desta quinta-feira (18), mandados de
busca e apreensão e sequestro de bens de um italiano que estava morando
na Paraíba. O delegado do caso, Fabiano Emídio, responsável pelos crimes
de financeiros, disse que este esquema fraudulento de lavagem de
dinheiro internacional possa estar servindo à máfia italiana.
A polícia suspeita que o esquema de
lavagem de dinheiro funcione com o apoio da máfia italiana. "Do ponto de
vista policial, não descartamos essa hipótese. Temos indícios fortes
através da Interpol que o italiano investigado tem várias condenações na
Itália. Além disso, uma empresa na Itália pertencente aos amigos do
acusado, enviou grande quantidade de dinheiro a Paraíba, sem qualquer
contra partida", disse Fabiano Emídio.
O delegado de Repressão a Crimes
Financeiros da Polícia Federal, Fabiano Emídio, também informou que, com
a colaboração da Interpol, estão sendo feitas investigações sobre o
paradeiro desse italiano. Há indícios de que o acusado ainda esteja no
Brasil. "A princípio, o italiano não será preso, porque o mandado é
apenas de busca e apreensão, mas na segunda etapa quando a Justiça
expedir o mandado de prisão, vamos pegá-lo. O importante é que o esquema
foi descapitalizado na Paraíba", disse o delegado.
Além de busca e apreensão, também foram
cumpridos sequestro de bens no valor de R$ 10 milhões entre bens móveis e
imóveis. Quatro milhões foram distribuídos entre fazendas e residências
no interior do Estado e os outros R$ 6 milhões em apólices de seguro.
A Polícia Federal cumpre mandados,
expedidos pela Justiça Federal paraibana, em quatro estados. Além da
Paraíba, são alvos dessas ações Mato Grosso do Sul, Brasília e Rio de
Janeiro. Nesses estados, o dinheiro teria sido investido em nome de
laranjas.
O esquema funcionava através de um
italiano, que tem residência na Paraíba. Ele constituiu empresa de
fachada no ramo de mineração. Essa empresa simulava a venda de minérios
para o exterior, sobretudo para uma empresa situada na Suíça.
De acordo com informações obtidas em
colaboração com a Interpol, o inquérito policial revelou que a empresa
suíça é comandada também por italianos, que remeteram grandes quantias
em dinheiro para o Brasil em decorrência da compra fictícia de minério.
O dinheiro foi internalizado no Brasil através Paraíba, mediante de contratos de câmbio ideologicamente falsos.
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