Querem politizar o São João de Monteiro. Por Simorion Matos


ImageTalvez ainda inconformados com a decisão democrática do povo que concedeu a Edna Henrique a renovação do seu mandato de prefeita para governar Monteiro por mais 4 anos, estão querendo politizar o São João de Monteiro na sua edição 2013, tentando criar uma imagem negativa de um evento que este ano está sendo feito com muitas limitações financeiras para que a cidade tenha durante o período junino, uma boa movimentação. 

Alguns, inclusive, não queriam que a festa fosse realizada. Mas, corajosamente, Edna comprou a briga e não deixará a cidade deserta. O seu ato corajoso provocou algumas reações negativas que atingem não somente a gestora, mas algumas pessoas que ousam concordar com o evento.

Fui escolhido hoje como bode expiatório, nessa parada. Alguém maldosamente postou um comentário em um site anônimo, utilizando indevidamente o meu nome. Isso foi o bastante para alguns desafetos me atingirem com uma saraivada de comentários odientos e depreciativos.

Não costumo utilizar a prerrogativa de ANÔNIMO para emitir minhas opiniões e até posso entender que alguém tenha usado um computador ou mesmo um e-mail meu para encaminhar o comentário. Mas não fui eu. As minhas guerras de idéia, eu as assumo e defendo de público, assim como recentemente tive a coragem de, respeitosamente, discordar da opinião do valoroso escritor Pedro Nunes Filho.

Apontado em um site anônimo como “velho esperto que ganha rios de dinheiro e defende quem lhe der mais”, quero pedir permissão aos meus algozes para dizer-lhes que a minha educação espiritual adquirida em 60 anos de existência não me motiva mais para brigar. Apenas, em respeito à opinião pública, me permito o direito de imaginar que esses acusadores de hoje talvez sejam os mesmos que me aplaudiam e me elogiavam quando eu estava do lado deles e fazia marketing do trabalho e do grupo que eles defendiam.

O que eles rotulam hoje de “velho esperto” é o mesmo que foi, durante 6 anos e meio, Secretário de Comunicação, Turismo e Eventos da Prefeitura tendo ajudado a organizar o primeiro grande São João de Monteiro, quando a Banda Magníficos colocou 20 mil pessoas na Praça João Pessoa.

Como o “velho esperto”, na época, fazia a boa imagem do grupo que os carrascos de hoje faziam e fazem parte, nada era escandaloso.

Com raiva de Edna por causa da derrota, impiedosamente me acusaram de receber rios de dinheiro para divulgá-la. Isto não acontece. Porém se os despeitados acham que, se isto acontecesse, seria o fim do mundo, refresquem a memória.  E lembrem: como Secretário Municipal, entre 1997 e 2003, recebi em torno de 75 salários. A preço de hoje, quando um Secretário ganha R$ 4.000,00 por mês, eu teria percebido no governo que eu fiz parte, cerca de 300 mil reais. Mas, para os acusadores de hoje, isto não era um rio de dinheiro, era um pequeno riacho, quase invisível. Afinal de contas, pra propagar e enaltecer o seu grupo, para os acusadores de hoje, nenhum valor recebido representa esperteza.

Continuarei defendendo minhas opiniões, mesmo que elas desagradem quem não gosta de mim. Acho que fazer um São João quando alguns combateram a sua realização, é um ato de coragem que merece apoio, principalmente quando na programação já divulgada, nas 5 noites teremos 3 com grandes atrações. E um evento que abre com Dejinha de Monteiro, encerra com Magníficos e no meio tem Dorgival Dantas, além de outras atrações regionais, não é um evento pequeno. Temos como exemplo o São João de Bananeiras, um dos maiores do estado, que este ano só terá 3 grandes atrações: Santana, Jorge de Altinho e Geraldinho Lins. Esta programação não supera a de Monteiro, mas os brejeiros estão convidando o povo para gastar dinheiro lá. Aqui, ao contrário, alguns “monteirenses” estão pedindo para o povo não vir. 

Concluo meu pensamento sem ódio e sem medo. Talvez a pecha de velho esperto que me é imposta tenha algo a ver com a minha convivência entre lobos. É que o meu instinto de defesa tem me permitido permanecer em pé, contrariando a vontade de quem me desejava inerte. Velho sou, com muita alegria.

Esperto, nem tanto. Filho de Dona Severina, mãe solteira e do Tenente Simões, em Monteiro cheguei ainda menino. Aqui fui vereador por 22 anos, dos quais 4 anos como presidente da Câmara Municipal. Todas as minhas contas aprovadas pelo TCE. Dirigi 4 emissoras de rádio. Nunca respondi a crime por calúnia, difamação ou improbidade administrativa.

E mesmo sem ser monteirense nato, amo muito esta terra e só falo pelo seu engrandecimento.

Assim deveriam fazer também aqueles que se definem como filhos da terra, mas que, por ressentimento político ou derrota recolhida, chegam ao cúmulo de torcer e agir contra ela.  
 

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