Filha morreu tentando defendê-lo de disparos.
O serralheiro Sinomar Firmino Lopes, pai
da menina Kerolly Alves Lopes, de 11 anos, morta ao tentar defendê-lo,
foi preso na manhã desta terça-feira (14). De acordo com o Grupo de
Capturas de Aparecida de Goiânia, ele tinha uma condenação por lesão
corporal e ameaça contra a ex-companheira Miriam Coelho Alves, mãe da
garota. Segundo a polícia, o crime foi cometido em 2008 e a mulher fez a
denúncia na Delegacia da Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia.
A Polícia Civil afirma que já sabia do mandado de prisão contra o serralheiro na época em que ele prestou depoimento sobre a briga que teve com o dono de uma pizzaria, em abril deste ano, quando sua filha foi baleada. "A condenação saiu no ano passado. Quando ele esteve na delegacia, tomamos conhecimento do mandado de prisão em aberto, mas esperamos que ele passasse pelo problema com a filha para cumprir a determinação", explicou o agente do Grupo de Capturas Venerando de Souza Mendes Júnior.
O advogado de Sinomar, Balbino Laurindo, entrou com pedido de soltura. Ele explicou que a pena de Sinomar por lesão corporal havia sido convertida em prestação de serviços. No entanto, ele não cumpriu a determinação do juiz.
Ele foi levado para a Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com a assessoria de Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), Sinomar cumpre pena em regime fechado provisório.
Drama
A filha de Sinomar e Miriam, Kerolly Alves Lopes, morreu após ser baleada durante uma briga entre o pai e um comerciante. O crime aconteceu no dia 27 de abril. Dizendo ter sido ameaçado, Sinomar foi até o local para tirar satisfação com o proprietário do estabelecimento, George Araújo. Os dois haviam se desentendido dois meses antes por causa de uma pizza que demorou muito e cliente não quis pagar.
O crime foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento, que filmaram Kerolly e a irmã tentando tirar o pai do local e o momento em que o comerciante dispara contra a família.
Após ser atingida por dois tiros, um deles na cabeça, a menina ficou 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A criança teve morte cerebral constatada no dia 5 deste mês. Na noite do dia 7, ela morreu por falência múltipla de órgãos.
Durante o enterro, a mãe de Kerolly deu entrevista reprovando a atitude do ex-companheiro durante a confusão que resultou na morte da menina: "Ele foi muito irresponsável. Todos os dois. Tanto ele quanto o que atirou".
Inquérito
A Polícia Civil concluiu no último dia 9 o inquérito que investigava a morte da garota. George Araújo de Souza, autor dos dois disparos que atingiram Kerolly, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio.
A mulher de George também vai responder judicialmente por supostamente favorecer a fuga do marido. "A esposa do autor entra na questão do favorecimento pessoal. Embora ela seja isenta de pena pelo Código Penal, essa análise cabe apenas ao juiz e não ao delegado", explicou a delegada responsável pelo caso, Marcella Orçai, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.
O pai de Kerolly não foi indiciado por homicídio doloso, mas informou que o Ministério Público poderá denunciá-lo. Em entrevista ao Fantástico, no dia 5, o serralheiro Sinomar Lopes disse se sentir culpado pela morte da filha e chorou: "O que eu estou sentindo é dor demais, é sofrimento pra caramba e mágoa, culpa demais da conta".
A Polícia Civil afirma que já sabia do mandado de prisão contra o serralheiro na época em que ele prestou depoimento sobre a briga que teve com o dono de uma pizzaria, em abril deste ano, quando sua filha foi baleada. "A condenação saiu no ano passado. Quando ele esteve na delegacia, tomamos conhecimento do mandado de prisão em aberto, mas esperamos que ele passasse pelo problema com a filha para cumprir a determinação", explicou o agente do Grupo de Capturas Venerando de Souza Mendes Júnior.
O advogado de Sinomar, Balbino Laurindo, entrou com pedido de soltura. Ele explicou que a pena de Sinomar por lesão corporal havia sido convertida em prestação de serviços. No entanto, ele não cumpriu a determinação do juiz.
Ele foi levado para a Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com a assessoria de Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), Sinomar cumpre pena em regime fechado provisório.
Drama
A filha de Sinomar e Miriam, Kerolly Alves Lopes, morreu após ser baleada durante uma briga entre o pai e um comerciante. O crime aconteceu no dia 27 de abril. Dizendo ter sido ameaçado, Sinomar foi até o local para tirar satisfação com o proprietário do estabelecimento, George Araújo. Os dois haviam se desentendido dois meses antes por causa de uma pizza que demorou muito e cliente não quis pagar.
O crime foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento, que filmaram Kerolly e a irmã tentando tirar o pai do local e o momento em que o comerciante dispara contra a família.
Após ser atingida por dois tiros, um deles na cabeça, a menina ficou 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A criança teve morte cerebral constatada no dia 5 deste mês. Na noite do dia 7, ela morreu por falência múltipla de órgãos.
Durante o enterro, a mãe de Kerolly deu entrevista reprovando a atitude do ex-companheiro durante a confusão que resultou na morte da menina: "Ele foi muito irresponsável. Todos os dois. Tanto ele quanto o que atirou".
Inquérito
A Polícia Civil concluiu no último dia 9 o inquérito que investigava a morte da garota. George Araújo de Souza, autor dos dois disparos que atingiram Kerolly, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio.
A mulher de George também vai responder judicialmente por supostamente favorecer a fuga do marido. "A esposa do autor entra na questão do favorecimento pessoal. Embora ela seja isenta de pena pelo Código Penal, essa análise cabe apenas ao juiz e não ao delegado", explicou a delegada responsável pelo caso, Marcella Orçai, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.
O pai de Kerolly não foi indiciado por homicídio doloso, mas informou que o Ministério Público poderá denunciá-lo. Em entrevista ao Fantástico, no dia 5, o serralheiro Sinomar Lopes disse se sentir culpado pela morte da filha e chorou: "O que eu estou sentindo é dor demais, é sofrimento pra caramba e mágoa, culpa demais da conta".
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