Especialistas afirmam ser inviável municipalização do trânsito em Sumé

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A Câmara Municipal de Sumé recebeu um grande público para a sessão especial de debate sobre a situação do trânsito de Sumé e a possibilidade de municipalização do trânsito no Município, que foi convocada através de requerimento do vereador José Antônio Fernandes de Oliveira.

Estiveram presentes o engenheiro de transportes e atual superintendente da Associação de Transportes Urbanos, José Augusto Morosine, representante do Detran/PB, Kleber Lúcio Rezende, Representante do DNIT em Campina Grande, Nivandro Oliveira, representante do DER, Carvalho, além do prefeito doutor Neto, vice-prefeito, Éden Duarte e vereadores.

O foco principal da reunião foi discutir a possibilidade de municipalização e melhoria e organização do trânsito na cidade. Para o engenheiro de transportes, José Augusto, todas as cidades estão sofrendo com o problema de mobilidade urbana porque estão com um volume de veículos acima do normal e o maior número de acidentes são causados por motos.

De acordo com o representante do Detran, Kleber Lúcio, municipalizar o trânsito envolve engenharia, policiamento e educação de toda a sociedade, sendo a educação fator principal e fundamental para se ter respeito e obediência às sinalizações.

“Municipalização do trânsito envolve investimentos e precisa ser muito bem planejado. O Município precisa ser autossuficiente financeiramente para ter trânsito organizado”, disse. 

Kleber salientou que já viu várias cidades que municipalizaram seu trânsito voltar atrás na decisão, devido ao alto custo financeiro que acarreta aos cofres dos Municípios e que as multas não são suficientes para manter o órgão criado.
 
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De acordo com o vice-prefeito, Éden Duarte, o problema do trânsito em Sumé também está com toda a comunidade, incluindo autoridades que não obedecem às sinalizações na cidade. Diante da inviabilidade de municipalizar, o trabalho deve ser feito envolvendo conscientização, educação e sinalização.

Ele explicou que trouxe especialistas em trânsito para o Município, onde passaram dois dias fazendo um estudo de viabilidade, a opinião dos técnicos que estiveram na cidade vivenciando a situação também foi a mesma dos especialistas presentes à reunião, ou seja, o Município, que é de pequeno porte, não tem condições de sustentar um órgão de trânsito. 

“Sabemos que é necessário fazer um trabalho no trânsito e estamos fazendo isso, estamos mantendo contato com o SEST/SENAT para fazer um trabalho de educação no trânsito com toda a comunidade, estamos regularizando a situação dos mototaxistas, recadastrando os antigos e habilitando os novos, determinando novos pontos de taxis, acabamos de instalar quebra-molas na PB 214 com a BR 412, saída para o Município do Congo, já solicitamos ao DNIT a implantação de uma rotatória no local e a instalação de radares em outros pontos”, disse Éden.

Éden afirmou que o Executivo toma as atitudes quando tem condições de cumprir. O Município só irá trabalhar a criação do órgão quando ele puder funcionar efetivamente.

Para o prefeito doutor Neto, o Poder Executivo é consciente dos problemas no trânsito de Sumé e que simplesmente sinalizar não irá resolver. Para ele, a solução é difícil em virtude do fator financeiro, no momento, a Prefeitura irá estudar uma outra alternativa para amenizar a situação, principalmente com trabalhos de educação no trânsito e convênios com outros órgãos sobre a possibilidade de fiscalização.

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