Falsa chamada mobilizou 12 equipes.
O homem que foi detido nesta sexta-feira (3) em São
José do Rio Preto (SP) depois de confessar ter sido autor do trote que
mobilizou 12 equipes da polícia, bombeiros e o helicóptero Águia na
última segunda-feira, 29 de abril, diz estar arrependido e humilhado.
“Foi um momento de irresponsabilidade, burrice e molecagem. Eu errei,
estou arrependido e tenho que pagar pelo meu erro. Estou pagando já,
pela humilhação diante dos vizinhos e da humilhação pública", comentou o
carpinteiro Dorival Pereira da Silva, de 44 anos. Ele foi liberado
depois de prestar depoimento.
Segundo o carpinteiro, ao fazer o trote, ele estava bêbado e sofrendo de depressão. “Foi um excesso de depressão e um pouco de bebida. Que isso sirva de lição para muita gente não fazer isso, uma pessoa pode precisar de verdade mesmo e o policial pode estar tomando um trote e deixando de salvar uma vida", disse Dorival.
Como ligou do próprio celular, ele já estaria aguardando a chegada da polícia. “Eu esperava por isso. Meu chip estava cadastrado no meu nome e eles descobririam meu endereço. Estou consciente que isso iria acontecer. Que sirva de exemplo, serviu para mim. O que eles acharem que tem que ser feito, eles devem fazer. Se eu errei, eu tenho que pagar”, declarou Dorival.
O delegado André Ayruth Balura encaminhou o caso ao Fórum. O ato não é crime, mas é classificado como contravenção, o que resulta em penas alternativas. “Ele confirmou e confessou a prática, alegando estar em depressão e estava alcoolizado no momento da ligação. As declarações estão sendo formalizadas e tudo será encaminhado ao Fórum. Ele foi liberado por ser um crime de menor potencial ofensivo”, disse.
O trote custou mais de R$ 20 mil aos cofres públicos. Na gravação, cedida pela polícia ao G1, o homem começa perguntando para a policial se ela pode ajudá-lo. Logo em seguida, ele começa a chorar. Sem entender o que está acontecendo, a policial insiste e pergunta o que ocorreu, quando o homem diz “o pneu do carro estourou, eu perdi o controle do carro e o carro desceu”.
Ele afirma que o acidente aconteceu na BR-153, entre Nova Granada (SP) e Onda Verde (SP), e que os bombeiros já estavam a caminho do local do suposto acidente. (ouça o áudio ao lado). O homem também diz que a mulher dele estava no carro, que teria caído em um barranco de 100 metros.
Em vários trechos da gravação, o homem começa a chorar e a policial que atende a ocorrência tenta acalmá-lo. A policial, então, tenta fazer lembrá-lo do local exato do acidente e pergunta com que carro estava.
Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais.
A suposta vítima diz que ainda estava no local do acidente, que tentava subir o barranco, que era muito íngreme. A policial então pergunta se ele está muito machucado, e ele diz “estou um pouco machucado, mas está tudo bem.”
Todos esses recursos foram viabilizados com o dinheiro público. Na tentativa de resgate foram mobilizados 35 homens, 12 viaturas sendo elas duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Transbrasiliana, empresa responsável pelo trecho, uma da Polícia Ambiental e o helicóptero Águia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O homem também ligou para o Corpo de Bombeiros. Durante o telefonema, o soldado pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.
Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela. “A gente entrava em contato com ele para pegar mais informações, aí o bombeiro que estava no 193 verificou barulho de cachorro latindo ao fundo e achou estranho. A ligação caiu e ligamos 10 minutos depois para conseguir falar com ele e atendeu uma criança, que falou que o pai estava dormindo, foi aí que constatamos o trote. Depois o Copom disse que o número que ele estava ligando tinha efetuado alguns trotes na semana passada ao 190”, afirma o tenente dos Bombeiros Orival Santana Júnior.
Segundo o carpinteiro, ao fazer o trote, ele estava bêbado e sofrendo de depressão. “Foi um excesso de depressão e um pouco de bebida. Que isso sirva de lição para muita gente não fazer isso, uma pessoa pode precisar de verdade mesmo e o policial pode estar tomando um trote e deixando de salvar uma vida", disse Dorival.
Como ligou do próprio celular, ele já estaria aguardando a chegada da polícia. “Eu esperava por isso. Meu chip estava cadastrado no meu nome e eles descobririam meu endereço. Estou consciente que isso iria acontecer. Que sirva de exemplo, serviu para mim. O que eles acharem que tem que ser feito, eles devem fazer. Se eu errei, eu tenho que pagar”, declarou Dorival.
O delegado André Ayruth Balura encaminhou o caso ao Fórum. O ato não é crime, mas é classificado como contravenção, o que resulta em penas alternativas. “Ele confirmou e confessou a prática, alegando estar em depressão e estava alcoolizado no momento da ligação. As declarações estão sendo formalizadas e tudo será encaminhado ao Fórum. Ele foi liberado por ser um crime de menor potencial ofensivo”, disse.
O trote custou mais de R$ 20 mil aos cofres públicos. Na gravação, cedida pela polícia ao G1, o homem começa perguntando para a policial se ela pode ajudá-lo. Logo em seguida, ele começa a chorar. Sem entender o que está acontecendo, a policial insiste e pergunta o que ocorreu, quando o homem diz “o pneu do carro estourou, eu perdi o controle do carro e o carro desceu”.
Ele afirma que o acidente aconteceu na BR-153, entre Nova Granada (SP) e Onda Verde (SP), e que os bombeiros já estavam a caminho do local do suposto acidente. (ouça o áudio ao lado). O homem também diz que a mulher dele estava no carro, que teria caído em um barranco de 100 metros.
Em vários trechos da gravação, o homem começa a chorar e a policial que atende a ocorrência tenta acalmá-lo. A policial, então, tenta fazer lembrá-lo do local exato do acidente e pergunta com que carro estava.
Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais.
A suposta vítima diz que ainda estava no local do acidente, que tentava subir o barranco, que era muito íngreme. A policial então pergunta se ele está muito machucado, e ele diz “estou um pouco machucado, mas está tudo bem.”
Todos esses recursos foram viabilizados com o dinheiro público. Na tentativa de resgate foram mobilizados 35 homens, 12 viaturas sendo elas duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Transbrasiliana, empresa responsável pelo trecho, uma da Polícia Ambiental e o helicóptero Águia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O homem também ligou para o Corpo de Bombeiros. Durante o telefonema, o soldado pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.
Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela. “A gente entrava em contato com ele para pegar mais informações, aí o bombeiro que estava no 193 verificou barulho de cachorro latindo ao fundo e achou estranho. A ligação caiu e ligamos 10 minutos depois para conseguir falar com ele e atendeu uma criança, que falou que o pai estava dormindo, foi aí que constatamos o trote. Depois o Copom disse que o número que ele estava ligando tinha efetuado alguns trotes na semana passada ao 190”, afirma o tenente dos Bombeiros Orival Santana Júnior.
Tags
Brasil