Polícia desarticula quadrilha interestadual de estelionatários

Com os seis foram apreendidos mais de 200 folhas de cheques em branco

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (DRF) da Capital e do Grupo de Operações Especiais (GOE), desarticulou nesta quarta-feira (17) uma quadrilha acusada de praticar fraudes com uso de cheques adulterados em diversas localidades do país, entre as quais a Paraíba. O grupo de seis pessoas é composto por cinco matogrossenses e um paraibano.
Foram presos em flagrante, quando tentavam aplicar mais um golpe em um banco na cidade de Campina Grande, Marcos Vinícius Fraga Soares, 28; Joresti Gomes de Almeida Neto, 23; e George Alexandre Benedito Ferreira, 34. Já Alexandre Sousa de Freitas, 38 anos, e Élzio Jardel Xavier Pires, 27, foram presos em João Pessoa. O paraibano Allan de Sousa Lucena, 23, foi detido na cidade de Bayeux, região metropolitana da Capital.
Com os seis foram apreendidos mais de 200 folhas de cheques em branco, mais de 20 registros de identificação civil que serão submetidos à perícia, aproximadamente R$ 7 mil em dinheiro, máscaras, uma lupa, computador e um pen drive com programas que possibilitam a impressão dos documentos de maneira a parecerem originais.
Durante entrevista realizada na sede da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds), na tarde desta quinta-feira (18), o delegado Thiago Sandes, titular da DRF, revelou que informações repassadas pelo Disque Denúncia – 197 – deram início às investigações. Desde então, o grupo passou a ser monitorado. “No dia 10 de abril, parte dessa quadrilha chegou a João Pessoa: Marcos Vinícius e Joresti, para se encontrar com os demais que já estavam na cidade. Nessa oportunidade, conseguiram um cheque no valor de R$ 340 de comerciante e com uso do programa de computador o adulteraram para R$ 50 mil”, explicou o delegado. Ainda segundo a Polícia, Allan trabalhava em uma empresa terceirizada de telefonia fixa e, quando o banco ligava para o cliente a fim de confirmar a emissão do cheque, era o responsável por desviar a ligação para outro membro da quadrilha, Alexandre, que se passava pelo emissor do documento, autorizando a compensação.
“Com os R$ 50 mil os seis compraram dois veículos Pálio, um preto e um prata, fizeram depósitos em contas de parentes e repartiram também uma quantia entre eles. Quando a quadrilha tentou aplicar o golpe novamente, seus integrantes foram presos”, acrescentou Sandes. Os veículos foram apreendidos, além do carro da empresa de telefonia, utilizado para os golpes.
Para o gerente executivo de Polícia Civil Metropolitana, Wagner Dorta, a prisão da quadrilha que atuava não só na Paraíba como em outros estados é de extrema importância, pois denota o esforço da Polícia do Estado para a elucidação de crimes. “Acreditamos que essas mesmas pessoas agiam há pelo menos um ano e podem estar envolvidas em outros crimes contra instituições financeiras, com uso de explosões e maçaricos. Todos irão realizar exames de identificação no Instituto de Polícia Científica (IPC) e será confirmado ainda em que crimes eles já foram processados”, frisou o delegado.
Todos foram autuados pelos crimes de falsificação de documento público, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Os seis permanecem na sede da Gerência Executiva de Polícia Civil Metropolitana, no bairro do Varadouro, de onde serão transferidos para uma das unidades prisionais da Capital.

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