A
Paraíba não aderiu ao Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde,
realizado nesta quinta-feira (25) em todo o país. No estado, o Sindicato
dos Médicos decidiu que não haveria necessidade de paralização, pelo
terceiro ano consecutivo. À frente da organização há seis anos, o
presidente, Tarcísio Campos, informou que não seriam feitos protestos
mais amplos. O movimento nacional inclui protestos contra abusos das
operadoras de planos de saúde e os médicos chegam a suspender o
atendimento.
De acordo com Tarcísio, a não adesão da
Paraíba se deve ao fato dos três maiores grupos de plano de saúde do
estado terem entrado em um acordo que se aproximou da reivindicação
nacional da categoria. “Os profissionais que assim desejarem, podem
pegar o panfleto que elaboramos para entregá-lo aos seus pacientes que
utilizam os planos de saúde que não entraram em negociação. Essa ação é
para mostrar que o médico está insatisfeito e que pode deixar de atender
aquele plano caso não haja negociação no futuro”, informou Tarcísio.
Ele também afirma que este é um protesto
individual do médico, mesmo que decidido em conjunto. “Estamos há três
anos com essa atividade e vemos que existe um efeito positivo. Os planos
estão entendendo que, sem os médicos, eles não existem. Estamos também
cobrando da Agência Nacional de Saúde (ANS) que seja colocado no
contrato um reajuste anual, com um percentual mínimo”, informou.
Tarcísio também disse que o valor da
consulta hoje é de R$ 54. A reivindicação do Sindicato dos Médicos da
Paraíba é de que sejam cobrados R$ 62. Com os grandes grupos do estado,
já existe a negociação para que o valor seja alterado para R$70 ainda
este ano.
A negociação para a alteração do preço da
consulta é feita com a Comissão Estadual de Honorários Médicos, o
Conselho Regional de Medicina (CRM), o Sindicato e a Associação dos
Médicos.
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Saúde