Bombeiros encerram buscas em desabamento no Centro de SP

Auxiliar de limpeza passava em frente ao imóvel e morreu soterrado. Avenida Liberdade estava parcialmente interditada nesta sexta.


O desabamento da parede provocou uma morte (Crédito: Reprodução - TV Globo)
Os bombeiros encerraram por volta das 3h desta sexta-feira (1º) as buscas por mais vítimas na área do desabamento de parte de um prédio na Avenida Liberdade, no Centro de São Paulo. O acidente nas obras do antigo bar ocorreu no fim da tarde desta quinta (28).
O auxiliar de limpeza Marco Antonio dos Santos, que passava pelo local, morreu. A vítima, de 50 anos, voltava do trabalho quando a fachada caiu. Ele foi localizado com auxílio de cães farejadores.
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Ainda existe o risco de algumas paredes desabarem. Por esse motivo, a Avenida da Liberdade estava parcialmente interditada por volta das 7h, perto da Rua Condessa de São Joaquim. Nesse horário, havia apenas uma faixa livre para quem seguia no sentido da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. O bloqueio provocava lentidão. A alternativa para o motorista era seguir pela Rua Tamandaré.
Técnicos do Instituto de Criminalística (IC) constataram preliminarmente que o solo da região é bastante fraco e havia vazamento de água. Os peritos voltarão o local nesta sexta-feira. O imóvel passava por uma obra para se tornar um estacionamento. Um pedreiro que trabalhava retirando entulho das obras deve prestar depoimento à polícia.
O Bom Dia São Paulo informou que há duas semanas uma mulher que passava em frente à obra ficou ferida com a queda de destroços. A filha da vítima afirma que não havia aviso de obras no local.
A Defesa Civil interditou o local do desabamento e pelo menos um imóvel vizinho, por questões de segurança.
Testemunha
Segundo uma testemunha que passava pela Avenida Liberdade quando o imóvel desabou, o movimento de pedestres era intenso na calçada. O vendedor Romário Dantas Estrela, de 21 anos, afirma ter ouvido os gritos do homem no momento em que era soterrado pelos tijolos.
“Vi que um cara tropeçou no outro e não deu tempo. Escutei o barulho dele gritando”, disse Estrela. O jovem contou que chegou à região por volta das 17h30 e que, no horário, o muro estava intacto. “Depois, estavam caindo os tijolos. Eu olhei e a parede tinha rachado, veio de uma vez”, contou. “Tinham umas 30 pessoas no farol que escaparam e também um carro que passou na hora, mas escapou.”

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