Vítimas seriam uma criança e quatro idosos. Tremor de magnitude 8 levou ondas para aldeias nas Ilhas Salomão.
Ao menos cinco pessoas morreram e outras três ficaram feridas nesta quarta-feira (6) após um tsunami atingir aldeias das Ilhas Salomão, informam as agências internacionais de notícias. As ondas de até 1 metro de altura golpearam a região após um poderoso terremoto de magnitude 8, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), sacudir o Pacífico Sul.
Os mortos seriam uma criança e quatro idosos. O número, segundo as agências de notícias Efe, France Presse, Reuters e Kyodo, foi obtido com um hospital nas Ilhas Salomão. Autoridades locais, porém, ainda não informaram sobre o número oficial de vítimas tampouco sobre danos na região atingida.
Moradores da capital das Ilhas Salomão, Honiara, a 580 km do epicentro, disseram que o tremor não foi sentido, mas algumas aldeias ficaram destruídas.
Um tsunami medindo 90 centímetros atingiu a cidade de Lata na distante ilha de Santa Cruz, alagando alguns vilarejos e o principal aeroporto da cidade. Moradores buscaram refúgio em locais elevados.
Um pequeno tsunami atingiu as Ilhas Salomão nesta quarta-feira (06) depois de um terremoto, que provocou grande um alerta de tsunami para várias nações insulares do Pacífico Sul (Foto: REUTERS)
“Temos cinco mortos e três feridos. Um dos mortos é um menino. Os demais são idosos, sendo três mulheres e um homem”, disse à France Presse Chris Rogers, enfermeira do Lata Hospital, localizado nas Ilhas Santa Cruz, que integram o arquipélago das Ilhas Salomão.
A diretoria de enfermagem do hospital acrescentou que mais mortes podem ter acontecido e que as autoridades estão vasculhando três vilarejos que também podem ter sido atingidos.
A rede TVNZ, da Nova Zelândia, também informou o mesmo número de mortos, com base em levantamento feito no Latal Hospital, diz a Kyodo.
O USGS registrou cinco tremores nesta madrugada na região – o primeiro, a 0h07 no horário local (21h07 desta terça em Brasília), de magnitude 6.3 e profundidade de 10 km. O tremor mais forte, de magnitude 8, foi registrado a 1h12, com profundidade de 5 km, e a uma distância de 347 km da cidade de Kira Kira, nas Ilhas Salomão.
Logo em seguida, a 1h23, houve um tremor de magnitude 6.4 na mesma região, a uma profundidade de 10 km. A 1h54 houve outra réplica, de magnitude 6.6 e profundidade de 10 km, e às 6h35 um tremor de magnitude 6.3, a uma profundidade de 10 km. Outras réplicas menores também foram sentidas.
A mesma área já havia sido atingida por uma série de tremores na semana passada.
Pouco depois do tremor de magnitude 8, um alerta de “tsunami destrutivo” foi emitido para a região. Ondas atingiram as Ilhas Salomão. Segundo as agências de notícias, relatos de testemunhas indicaram que três aldeias teriam sido destruídas nas Ilhas Santa Cruz.
O comissário da Polícia das Ilhas Salomão, John Lansley, informou à emissora australiana “ABC” que parte da pista do aeroporto de Lata foi danificada, o que prejudicará o eventual envio de ajuda humanitária.
Tsunami
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico cancelou o aviso de ondas gigantes depois de mais de três horas após o terremoto. O relaxamento do alerta vale para as ilhas Salomão, Vanuatu, Nauru, Papua Nova Guiné, Tuvalu, Nova Caledônia, Kosrae, Fiji, Kiribati, e Wallis e Futuna. O boletim também retirou alerta de vigilância para Nova Zelândia, Austrália e Indonésia.
Uma fonte da agência meteorológica japonesa informou, no entanto, que um pequeno tsunami era esperado na costa leste do Japão a partir das 7h30 GMT, com ondas de 50 cm, segundo a AFP. O alerta vale para 17 municípios do Japão.
Segundo o USGS, uma onda de 55 cm de amplitude foi registrada na província Norte de Nova Caledônia, em Hienghène, e uma de 48 cm na ilha de Lifu. Uma onda menor, de 18 cm, foi observada em Vanuatu.
As Ilhas Salomão foram atingidas por um devastador tsunami após um terremoto de magnitude 8,1 em 2007, quando 13 aldeias foram destruídas, deixando 50 mortos e dezenas de desaparecidos.
As Ilhas Salomão ficam sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica atingida por cerca de sete mil tremores todos os anos.
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