Em Palhoça, um agente da PM foi atingido na perna e levado ao hospital. Brusque registrou primeiro atentado com ônibus de autoescola incendiado.
Suspeito foi detido após atirar contra policial em Palhoça (Crédito: (Foto: Mário Cesar Gomes/RBS TV))
Dois homens em uma moto efetuaram seis disparos contra a residência de um policial em Itajaí. De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu por volta das 22h40 de quarta (6) no bairro São Vicente. Ninguém ficou ferido.
Um ferro-velho de Navegantes, no Vale do Itajaí, foi incendiado por volta de 23h50 de quarta (6). De acordo com a Polícia Militar, o estabelecimento é localizado às margens da rodovia BR-470. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, o fogo atingiu três carros. Não houve feridos.
Um policial militar foi alvo de tiros quando saía do serviço na região central de Palhoça, na Grande Florianópolis. Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta de 0h de quinta (7). Um homem em um carro teria feito os disparos. O policial foi encaminhado para o Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, e passa bem. Um suspeito foi detido pela polícia.
Dois veículos foram incendiados na madrugada de quinta (7) em Brusque, no Vale do Itajaí. De acordo com a PM, foi colocado fogo em um ônibus de autoescola por volta de 0h. Cerca de uma hora depois, um carro foi incendiado na rua Ernesto Appel, no bairro Azambuja. Vizinhos escutaram um estouro e quando saíram de casa, o automóvel já estava em chamas. Foram os próprios moradores que apagaram o fogo. Esta foi a primeira vez que o município de Brusque registrou atentados.
Em Joinville, um caminhão foi incendiado por volta de 1h30. Em ambas as ocorrências não houve feridos. Na madrugada desta quinta-feira, o carro particular de um policial militar também foi apedrejado e incendiado em Florianópolis.
Entenda o caso
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até 1h45 desta quinta-feira (7), a Polícia Militar havia confirmado 69 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 21 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial, Brusque e Blumenau.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que as ordens sejam comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo. A Polícia Militar disponibilizou um disque denúncia para qualquer informação relacionada aos atentados, que podem ser feitas de forma anônima. O número é 181.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados, durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.
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