Fantasmas da seca: Relatório aponta indícios de fraude em lotes da transposição do São Francisco

Transposição
Enquanto o nordestino sofre um dos maiores dramas da história, uma seca que dizimou milhares de rebanhos bovino, a transposição  do São Francisco caminha a passos lentos, é lamentável a falta de interesse em dar prioridade a uma obra que tem o poder de transformar a situação de todo o Nordeste.
O que já se comentava foi descoberto, um relatório inédito do Ministério da Integração aponta indícios de fraude em cinco dos 14 lotes da transposição do São Francisco, principal obra do PAC no Nordeste e cuja realização está atrasada em cinco anos. O processo foi enviado ao TCU e ao Ministério Público Federal. A investigação teve início em maio de 2012, quando empreiteiras contratadas tentavam receber por serviços não realizados, incluindo desde escavações até a retirada de pedras de locais onde não havia canteiros.
Em janeiro deste ano, reportagem do Fantástico, da Rede Globo, mostrou o atraso nas obras e a degradação de vários trechos já construídos. Pelas estimativas do TCU, os prejuízos na obra de transposição já ultrapassaram os R$ 700 milhões.
Recordando Faltando 17 dias para entregar o cargo, o ex-presidente garantiu em discurso em São José de Piranhas que a obra seria entregue em 2012. Dois anos depois, coube a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, dar novo prazo à fanfarronice do antigo chefe. Pela nova previsão, a obra será entregue em 2015. Isso se “aquele pessoal” (do nordeste) tiver “fé”, claro.
Onde pega Foram listadas irregularidades nos lotes 1, 2, 9, 10 e 11. O pente-fino no lote 9 já foi finalizado. Os processos restantes serão averiguados pela Consultoria Jurídica do ministério até abril. A varredura não estimou o prejuízo aos cofres públicos. O cálculo caberá ao TCU.
Conluio Além da devolução de valores recebidos, as empreiteiras citadas poderão ser excluídas de concorrências públicas por até dois anos. O documento também acusa a empresa contratada pelo governo para fiscalizar a obra de acobertar as falhas.
Outro lado O ministério confirma as investigações, mas só irá se pronunciar após defesa das empresas, o que deverá ocorrer em um prazo de 15 dias. Os casos apurados são relativos ao período de março a dezembro de 2010.

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