Moeda americana recuou 0,8%, a R$ 1,972. BCE manteve taxa básica de juros inalterada nesta quinta-feira.
O dólar fechou em queda ante o real nesta
quinta-feira (7). Este foi o menor nível de fechamento da moeda
americana ante o real em quase nove meses, depois que o presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini, explicitou preocupações com a
inflação, levando o mercado a interpretar que o câmbio poderá ser uma
ferramenta de combate à aceleração dos preços.
A moeda norte-americana recuou 0,8%, a R$ 1,972, em sua menor cotação de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a R$ 1,956.
Depois de abrir o dia operando perto da estabilidade, o dólar acabou intensificando o movimento de queda ainda nesta manhã. O dólar bateu R$ 1,961 na mínima, depois de atingir R$ 1,9905 na máxima do dia, logo no início da sessão.
No exterior, as atenções dos investidores se voltam para a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa básica inalterada em 0,75%.
Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em cerca de US$ 4 bilhões. "Mudou o racional todo do dólar... O governo está sacrificando o câmbio em detrimento da inflação", afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos.
Tombini disse em entrevista à jornalista Miriam Leilão (veja aqui) que a situação atual não é confortável e que a inflação deverá ficar na casa de 6% em 12 meses durante o primeiro semestre, o que fez os contratos de juros futuros dispararem no final da manhã, levando a uma consequente venda de dólares no mercado doméstico.
Uma fonte da diretoria do BC afirmou à Reuters nesta quinta-feira que a autoridade monetária trabalha com um cenário cambial "menos volátil" do que em 2012, quando o dólar acumulou valorização de cerca de 20% entre o fim de fevereiro passado e dezembro, exercendo forte influência sobre os preços.
No entanto, agentes do mercado ponderam que talvez apenas medidas macroprudenciais, como desonerações e uma taxa de câmbio mais estável, já não sejam mais suficientes para conter a inflação sem uma mudança da atual política monetária, que indica manutenção da Selic na mínima histórica de 7,25% ao longo do ano.
"O BC pode usar o câmbio para não subir os juros num primeiro momento. Mas uma hora vai ser necessário elevá-los, talvez no terceiro trimestre", avaliou Santos.
Segundo o especialista, o mercado deverá voltar a testar patamares de mínima da taxa de câmbio após o feriado de Carnaval, provavelmente buscando 1,95 real e sinalizações de como o BC encaminhará a política monetária daqui para frente.
A moeda norte-americana recuou 0,8%, a R$ 1,972, em sua menor cotação de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a R$ 1,956.
Depois de abrir o dia operando perto da estabilidade, o dólar acabou intensificando o movimento de queda ainda nesta manhã. O dólar bateu R$ 1,961 na mínima, depois de atingir R$ 1,9905 na máxima do dia, logo no início da sessão.
No exterior, as atenções dos investidores se voltam para a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa básica inalterada em 0,75%.
Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em cerca de US$ 4 bilhões. "Mudou o racional todo do dólar... O governo está sacrificando o câmbio em detrimento da inflação", afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos.
Tombini disse em entrevista à jornalista Miriam Leilão (veja aqui) que a situação atual não é confortável e que a inflação deverá ficar na casa de 6% em 12 meses durante o primeiro semestre, o que fez os contratos de juros futuros dispararem no final da manhã, levando a uma consequente venda de dólares no mercado doméstico.
Uma fonte da diretoria do BC afirmou à Reuters nesta quinta-feira que a autoridade monetária trabalha com um cenário cambial "menos volátil" do que em 2012, quando o dólar acumulou valorização de cerca de 20% entre o fim de fevereiro passado e dezembro, exercendo forte influência sobre os preços.
No entanto, agentes do mercado ponderam que talvez apenas medidas macroprudenciais, como desonerações e uma taxa de câmbio mais estável, já não sejam mais suficientes para conter a inflação sem uma mudança da atual política monetária, que indica manutenção da Selic na mínima histórica de 7,25% ao longo do ano.
"O BC pode usar o câmbio para não subir os juros num primeiro momento. Mas uma hora vai ser necessário elevá-los, talvez no terceiro trimestre", avaliou Santos.
Segundo o especialista, o mercado deverá voltar a testar patamares de mínima da taxa de câmbio após o feriado de Carnaval, provavelmente buscando 1,95 real e sinalizações de como o BC encaminhará a política monetária daqui para frente.
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Economia