Assessoria do diretor insinua que plano por ter sido armado por torturados da própria secretária de Administração Penitenciária
O presidiário Guilherme Araújo da Silva, 28 anos, foi pego com veneno de rato, conhecido como chumbinho, no presídio Regional de Sapé. A informação foi confirmada pelo próprio diretor da unidade prisional, Silva Neto, neste sábado (02).
Segundo Silva Neto, Guilherme cumpria pena no presídio de Segurança Máxima João Bosco Carneiro, localizado na Cidade de Guarabira, mas foi transferido para Sapé, juntamente com outros oito detentos, após a rebelião da ultima segunda-feira (28).
Ainda segundo o diretor, a informação era de que Guilherme era um preso de bom comportamento e que prestava serviço na cozinha do presídio de Guarabira, sendo recomendado pelo diretor daquela unidade para também trabalhar como cozinheiro no presídio de Sapé.
No entanto, ao passar pelo processo de triagem foi encontrado um frasco com o veneno no bolso do detento. Silva Neto disse que achou estranho um preso de com comportamento ser transferido. O fato já foi comunicado ao secretário estadual da Administração Penitenciária, Walber Virgulino, que determinou a abertura de sindicância para apurar o caso.
A substância também foi encaminhada para o Instituto de Polícia Científica para ser examinada e o resultado deve ser conhecido esta semana. A assessoria do presídio disse em nota acreditar que o fato pode ter sido uma cilada contra Silva Neto e insinua que o plano tenha sido orquestrado por torturadores da própria secretária da Administração Penitenciária.
“Esta é mais uma cilada preparada para derrubar aquele que tem incomodado pouco menos de meia dúzia de torturadores que ainda existe em ficar no sistema penitenciário Paraibano, o pastor Silva Neto desde que assumiu a direção daquela unidade a convite do senhor Governador Ricardo Coutinho tem implantado uma metodologia de trabalho de humanização daquela unidade penal que tem servido de exemplo para o Brasil inteiro, mais este diretor tem enfrentado uma verdadeira guerra por parte daqueles que persistem em aplicar o castigo físico”, diz a nota da assessoria.
Silva Neto disse que suspeita de que Guilherme poderia ter planos de matar presos, agentes ou diretores da penitenciária, uma vez que a comida feita lá é consumida por todos da unidade prisional. O apenado não quis falar nada sobre as intenções dele com a substância. "Ele disse apenas que alguém entregou a ele e não quis dizer mais nada", disse Silva Neto.
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