Turbilhão de Emoções
Amigos de Monteiro.
Nesse dia de sexta de carnaval, eu volto para um período entre os anos 70 e 80.
Nesse devaneio, me encontro agora no Clube Municipal Alexandre da Silva Brito, onde amanhã, sábado de carnaval tocará aqui os Tropicais e a Banda Filarmônica. Até terça, haverá outros conjuntos.
Hoje, sexta - feira do passado preparo-me para acompanhar a caminhonete carregada de músicos da Orquestra de Frevo de Monteiro e eu, com minha camisa listrada de encarnado e preto do Tabajara, verei mais tarde o Bloco dos Papangus, O Bloco de Carretão, de Antônio Gavião, de Cicero do Norte. Vou correr atrás deles e correr deles, principalmente desviar das chicotadas dos Papangus, meu pai já dizia: apanha na rua, apanha em casa.
Mesmo ainda sendo um moleque, eu vou dar um jeito de ir no Salão de Seba Bité, lá na Rua do Matadouro, lugar que não é recomendado para moça de família. Tem também, ali no começo da Rua do Bujão, o salão de Tonho do Campo que mesmo sendo carnaval, se arrocha no forró.
No domingo de carnaval, vou ver o Corso, vou ver a alta sociedade monteirense desfilar em seus jipes, rurais, c-10.
Eu menino buchudo nascido na Rua do Sandu, ficava na Rua principal, eu e outros meninos afoitos por novidades, vamos ver as mocinhas e até mulheres mais velhas em cima de capôs fortes de automóveis lustrados e distantes de minhas posses.
Devo, se minha mãe deixar, me divertir na escola de samba da Rua do Campo, participar do show que a escola sempre dá na Praça João Pessoa. O tempo cumpre sua obrigação de existir e me devolve aos dias de hoje.
Nesse ano da Graça do Senhor, as coisas mudaram como tinham de mudar. As prioridades são outras. A vida é outra. Os propósitos são os mesmo, feitos de outra forma.
Acompanhar o progresso e a lentidão dos dias de momo em Monteiro, sem o glamour, sem a zuada e sem a expectativa de anos passados, é saber viver outras situações durante o carnaval.
Não vou cobrar nem pedir à prefeitura que devolva um carnaval que ela não tirou de Monteiro, até porque seria insano, principalmente numa época de seca como esta.
Para quem gosta de se divertir, Congo e Camalaú são opções molhadas, espero que com responsabilidade.
Para quem quer ficar na cidade, existe a excelente opção do terceiro Encontrão Alternativo, que esse ano tem o tema: Mais Paz, Mais Vida e Mais Alegria.
É uma espécie de Encontro para Nova Consciência realizado a 15 anos em Campina Grande em proporções menores, mas com o mesmo intuito, de fazer pensar, de se fazer solidarizar-se, de se entender o quanto somos iguais perante o salvador.
Esse evento tem o apoio também do Campus Pinto do Monteiro da UEPB e é uma realização da ACAS.
Para quem quer reviver com os olhos e ouvidos os velhos carnavais, indico uma visita ao Museu Histórico Arnaldo Bezerra Lafayette e que estará aberto para visitação hoje, sexta de carnaval, até 1 hora da tarde. Até daqui a pouco. Será uma viagem através do tempo, através de fotografias. O Museu fica ao lado dos Correios.
Depois do carnaval o Brasil começa a funcionar.
Nos encontramos na próxima semana.
Bom Carnaval. Muita Paz e Luz.
Amigos de Monteiro.
Nesse dia de sexta de carnaval, eu volto para um período entre os anos 70 e 80.
Nesse devaneio, me encontro agora no Clube Municipal Alexandre da Silva Brito, onde amanhã, sábado de carnaval tocará aqui os Tropicais e a Banda Filarmônica. Até terça, haverá outros conjuntos.
Hoje, sexta - feira do passado preparo-me para acompanhar a caminhonete carregada de músicos da Orquestra de Frevo de Monteiro e eu, com minha camisa listrada de encarnado e preto do Tabajara, verei mais tarde o Bloco dos Papangus, O Bloco de Carretão, de Antônio Gavião, de Cicero do Norte. Vou correr atrás deles e correr deles, principalmente desviar das chicotadas dos Papangus, meu pai já dizia: apanha na rua, apanha em casa.
Mesmo ainda sendo um moleque, eu vou dar um jeito de ir no Salão de Seba Bité, lá na Rua do Matadouro, lugar que não é recomendado para moça de família. Tem também, ali no começo da Rua do Bujão, o salão de Tonho do Campo que mesmo sendo carnaval, se arrocha no forró.
No domingo de carnaval, vou ver o Corso, vou ver a alta sociedade monteirense desfilar em seus jipes, rurais, c-10.
Eu menino buchudo nascido na Rua do Sandu, ficava na Rua principal, eu e outros meninos afoitos por novidades, vamos ver as mocinhas e até mulheres mais velhas em cima de capôs fortes de automóveis lustrados e distantes de minhas posses.
Devo, se minha mãe deixar, me divertir na escola de samba da Rua do Campo, participar do show que a escola sempre dá na Praça João Pessoa. O tempo cumpre sua obrigação de existir e me devolve aos dias de hoje.
Nesse ano da Graça do Senhor, as coisas mudaram como tinham de mudar. As prioridades são outras. A vida é outra. Os propósitos são os mesmo, feitos de outra forma.
Acompanhar o progresso e a lentidão dos dias de momo em Monteiro, sem o glamour, sem a zuada e sem a expectativa de anos passados, é saber viver outras situações durante o carnaval.
Não vou cobrar nem pedir à prefeitura que devolva um carnaval que ela não tirou de Monteiro, até porque seria insano, principalmente numa época de seca como esta.
Para quem gosta de se divertir, Congo e Camalaú são opções molhadas, espero que com responsabilidade.
Para quem quer ficar na cidade, existe a excelente opção do terceiro Encontrão Alternativo, que esse ano tem o tema: Mais Paz, Mais Vida e Mais Alegria.
É uma espécie de Encontro para Nova Consciência realizado a 15 anos em Campina Grande em proporções menores, mas com o mesmo intuito, de fazer pensar, de se fazer solidarizar-se, de se entender o quanto somos iguais perante o salvador.
Esse evento tem o apoio também do Campus Pinto do Monteiro da UEPB e é uma realização da ACAS.
Para quem quer reviver com os olhos e ouvidos os velhos carnavais, indico uma visita ao Museu Histórico Arnaldo Bezerra Lafayette e que estará aberto para visitação hoje, sexta de carnaval, até 1 hora da tarde. Até daqui a pouco. Será uma viagem através do tempo, através de fotografias. O Museu fica ao lado dos Correios.
Depois do carnaval o Brasil começa a funcionar.
Nos encontramos na próxima semana.
Bom Carnaval. Muita Paz e Luz.
Autor: Efigenio Moura