Terroristas executam 7 reféns estrangeiros na Argélia, diz imprensa


Onze militantes foram mortos pelo Exércitos argelino em campo de gás.

 Os sete últimos reféns que estavam em poder de militantes islâmicos em um complexo de exploração de gás na Argélia morreram, segundo fontes citadas pela France Presse e pela imprensa argelina.

Os sete estrangeiros teriam sido executados quando os terroristas perderam a esperança de escapar do local com vida, segundo a imprensa. Em seguida, militares argelinos mataram pelo menos 11 terroristas que continuavam no complexo.

A situação é tensa no local, no deserto do Saara quase na fronteira com a Líbia, e não há informações oficiais claras sobre o que ocorre desde o início do sequestro, na quarta-feira (16).

Uma fonte de segurança argelina afirmou que dezenas de pessoas, entre locais e estrangeiros, estavam em poder dos sequestradores.

Na quinta, por meio da agência mauritana de notícias ANI, os sequestradores afirmaram que retinham três belgas, dois americanos, um japonês e um britânico como reféns.
Um porta-voz do grupo disse à ANI que 34 reféns estrangeiros e 15 militantes morreram em um ataque lançado na quinta-feira por forças argelinas contra a base residencial do complexo.

Na sexta, outra versão dava conta de 12 reféns e 18 sequestradores mortos, além de 100 reféns estrangeiros e 573 empregados argelinos libertados.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou que havia reféns em perigo, inclusive americanos.
Os militantes responsáveis pelo sequestro, ligados à rede terrorista da Al-Qaeda, ameaçaram realizar mais ataques a instalações do setor de energia na Argélia.

A crise de reféns representa uma séria escalada no conflito no noroeste da África, para onde tropas francesas foram enviadas na semana passada para combater a tomada de cidades da República do Mali por grupos islamistas.

Além disso, ela pode ser devastadora para a indústria petrolífera da Argélia, num momento em que o país se recupera da guerra civil dos anos 1990.
Os militantes que lutam no deserto mostraram estar mais bem treinados e equipados do que a França previa, disseram à Reuters diplomatas na ONU. A organização estima que 400 mil pessoas poderiam fugir do Mali para os países vizinhos nos próximos meses.

Na Argélia, os sequestradores alertaram a população para que fique longe de instalações de empresas estrangeiras no setor de óleo e gás, ameaçando desfechar mais ataques, segundo a agência ANI, citando um porta-voz do grupo.
O comandante do sequestro na Argélia é Mokhtar Belmokhtar, um veterano da Guerra do Afeganistão na década de 1980 e da sangrenta guerra civil dos anos 1990, segundo autoridades argelinas. Aparentemente, ele não esteve presente no ataque.

Balmokhtar subiu de status entre os grupos islamitas no Saara, os quais se apoderaram de armas e ganharam novos adeptos em decorrência do caos na Líbia. As potências ocidentais temem que a violência se espalhe muito além do deserto.

O argelino Anis Rahmani, um especialista em segurança autor de vários livros sobre o terrorismo e editor do diário Ennahar, disse à Reuters que cerca de 70 militantes estavam envolvidos na operação na Argélia, o grupo de Belmokhtar, que partiu da Líbia, e o menos conhecido Movimento da Juventude Islâmica no Sul.

"Eles estavam portando armas pesadas, incluindo fuzis usados ​​pelo Exército líbio durante o regime de (Muammar) Kadhafi", disse ele. "Eles também tinham lança-granadas e metralhadoras."

Trabalhadores argelinos formam a espinha dorsal de uma indústria de petróleo e gás, que tem atraído empresas internacionais nos últimos anos, em parte por causa da segurança no estilo militar.

Mali

O ataque começou na madrugada de quarta em um sítio gasífero operado pelas empresas nacional Sonatrach com as companhias British Petroleum, britânica, e Statoil, norueguesa, em Tiganturin, a 40 quilômetros de In Amenas, não muito longe da fronteira com a Líbia.
Os agressores exigiram o fim da campanha militar francesa no Mali, onde mais de 2.000 soldados franceses fazem uma ofensiva terrestre contra os rebeldes, uma semana depois de o governo francês abrir fogo contra os militantes islamitas a partir do ar.

O país africano está dividido desde o ano passado, após rebeldes ligados à Al-Qaeda terem dominado o norte do território.

A Argélia permitiu que a França utilizasse seu espaço aéreo durante a intervenção militar iniciada na semana passada contra os rebeldes islamitas no Mali. Mas o ministro argelino do Interior, Dahou Ould Kablia, disse a um jornal local que o grupo agressor veio da Líbia.

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