Prorrogada a campanha de vacinação contra a raiva animal



Objetivo é imunizar 414.892 cães e 192.751 gatos

 Prorrogado até o dia 30 de janeiro a campanha de vacinação contra a raiva animal que foi iniciada no dia 1º dezembro. A meta da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é imunizar 414.892 cães e 192.751 gatos em todo o Estado.
O chefe de Núcleo de Controle de Zoonoses da SES, Francisco de Assis Azevedo, explicou que a autorização para a prorrogação da campanha foi solicitado ao Ministério da Saúde (MS), que atendeu a um pedido da secretaria. Ele disse que o principal motivo que levou a pedir a prorrogação da campanha, foi a baixa cobertura vacinal. A maioria dos municípios realizou a campanha no dia “D” e não deu continuidade ao restante do período. “Agora vamos fazer reuniões para sensibilizar os novos gestores a darem continuidade à campanha e assim melhorar os indicadores”, explicou Assis.
De acordo com os dados do Núcleo de Zoonoses, até o dia 27 de dezembro foram vacinados 343.573 cães e 110.566 gatos totalizando 450.139 animais e atingindo uma cobertura de 66,2%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%.
Assis Azevedo destacou que apenas duas Gerências Regionais de Saúde superaram a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Em Guarabira, sede da 2ª Gerência, formada por 25 municípios, a cobertura foi de 86,9% e em Catolé do Rocha, sede da 8ª Gerência com 14 municípios, a vacinação atingiu 87,4%.
A doença
A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no organismo.
A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contraindicação.
A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos transmissores da raiva; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.

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