Relatório publicado nesta quarta (16) vê avanços na luta contra 17 males. Meta da entidade é eliminar cinco doenças e controlar mais nove até 2020.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)
publicado nesta quarta-feira (16) revela que, nos últimos anos, foram
registrados grandes progressos na luta contra as doenças tropicais, mas a
dengue ainda apresenta um avanço preocupante e mata milhares de pessoas
anualmente.
"A OMS observou progressos sem precedentes contra 17 enfermidades tropicais descuidadas, graças a uma nova estratégia global, ao fornecimento regular de medicamentos de qualidade e ao custo controlado e apoiado por inúmeros associados", indica o relatório.
Duas dessas doenças poderão ser erradicadas até 2020: a dracunculíase, também conhecida como doença do verme da Guiné, e o pian, uma doença da pele e das articulações transmitida por uma bactéria.
Cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são atingidas por essas 17 enfermidades tropicais. O texto da OMS, que teve sua primeira edição foi publicada em 2010, também estabelece – além da dracunculíase e do pian – outras três doenças para serem eliminadas nos próximos sete anos, e objetivos para controlar mais nove males nesse período.
"Com essa nova etapa no combate dessas doenças, progredimos no caminho de uma cobertura da saúde universal", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Segundo ela, o principal desafio atualmente é o garantir acesso a medicamentos "para as pessoas que precisam deles quando necessário". Nesse sentido, a indústria farmacêutica tem doado lotes importantes de remédios, informou a OMS.
Em 2010, cerca de 711 milhões de pessoas receberam, de forma preventiva, tratamento para pelo menos quatro doenças causadas por parasitas: elefantíase (filariose linfática), oncocercose (que pode causar cegueira), esquistossomose e helmintíases transmitidas pelo solo.
Nos próximos cinco anos, a OMS fixou como objetivo tratar 235 milhões de pessoas contra a esquistossomose. Em relação à doença do verme da Guiné, a entidade indica que foram registrados apenas 521 casos entre janeiro e setembro de 2012, duas vezes menos que o mesmo período de 2011.
Por sua vez, a doença do sono (tripanossomíase) atingiu menos de 7 mil pessoas na África em 2011, em comparação com os mais de 30 mil casos anuais no início da década de 2000.
Já a raiva havia sido eliminada em vários países, e a OMS tem o objetivo de erradicá-la totalmente até 2020.
Os especialistas da organização observaram, no entanto, que a dengue progride de forma inquietante, por causa das mudanças climáticas e dos grandes movimentos populacionais. No ano passado, a dengue foi a doença viral que mais progrediu no mundo. E, nos últimos 50 anos, sua incidência se multiplicou por 30.
Segundo a OMS, cerca de 2 milhões de casos de dengue anuais foram registrados em 100 países nos dois últimos anos, causando entre 5 mil e 6 mil mortos.
Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, o especialista em dengue da OMS Raman Velayudhan estimou que a doença era geralmente subestimada no mundo. Segundo ele, há cerca de 50 milhões de casos e mais de 20 mil mortes por ano em todo o planeta.
"A OMS observou progressos sem precedentes contra 17 enfermidades tropicais descuidadas, graças a uma nova estratégia global, ao fornecimento regular de medicamentos de qualidade e ao custo controlado e apoiado por inúmeros associados", indica o relatório.
Duas dessas doenças poderão ser erradicadas até 2020: a dracunculíase, também conhecida como doença do verme da Guiné, e o pian, uma doença da pele e das articulações transmitida por uma bactéria.
Cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são atingidas por essas 17 enfermidades tropicais. O texto da OMS, que teve sua primeira edição foi publicada em 2010, também estabelece – além da dracunculíase e do pian – outras três doenças para serem eliminadas nos próximos sete anos, e objetivos para controlar mais nove males nesse período.
"Com essa nova etapa no combate dessas doenças, progredimos no caminho de uma cobertura da saúde universal", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Segundo ela, o principal desafio atualmente é o garantir acesso a medicamentos "para as pessoas que precisam deles quando necessário". Nesse sentido, a indústria farmacêutica tem doado lotes importantes de remédios, informou a OMS.
Em 2010, cerca de 711 milhões de pessoas receberam, de forma preventiva, tratamento para pelo menos quatro doenças causadas por parasitas: elefantíase (filariose linfática), oncocercose (que pode causar cegueira), esquistossomose e helmintíases transmitidas pelo solo.
Nos próximos cinco anos, a OMS fixou como objetivo tratar 235 milhões de pessoas contra a esquistossomose. Em relação à doença do verme da Guiné, a entidade indica que foram registrados apenas 521 casos entre janeiro e setembro de 2012, duas vezes menos que o mesmo período de 2011.
Por sua vez, a doença do sono (tripanossomíase) atingiu menos de 7 mil pessoas na África em 2011, em comparação com os mais de 30 mil casos anuais no início da década de 2000.
Já a raiva havia sido eliminada em vários países, e a OMS tem o objetivo de erradicá-la totalmente até 2020.
Os especialistas da organização observaram, no entanto, que a dengue progride de forma inquietante, por causa das mudanças climáticas e dos grandes movimentos populacionais. No ano passado, a dengue foi a doença viral que mais progrediu no mundo. E, nos últimos 50 anos, sua incidência se multiplicou por 30.
Segundo a OMS, cerca de 2 milhões de casos de dengue anuais foram registrados em 100 países nos dois últimos anos, causando entre 5 mil e 6 mil mortos.
Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, o especialista em dengue da OMS Raman Velayudhan estimou que a doença era geralmente subestimada no mundo. Segundo ele, há cerca de 50 milhões de casos e mais de 20 mil mortes por ano em todo o planeta.
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Saúde