Documento foi emitido após mandado judicial. O corpo da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes nunca foi encontrado.
O Cartório do Registro Civil de Vespasiano, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, emitiu, na última quinta-feira
(24), a certidão de óbito de Eliza Samudio. Segundo o documento, a jovem
foi morta por esganadura em 10 de junho de 2010, na Rua Araruama, na
cidade. O endereço é o da casa do réu Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, que vai a julgamento no dia 4 de março de 2013.
A juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, determinou, no dia a expedição da certidão de óbito da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão, da qual não cabe recurso, foi publicada no dia 15 de janeiro, no Diário do Judiciário Eletrônico.
No mandado, a causa da morte de Eliza foi declarada como por asfixia. O conselho de sentença do júri entendeu que a morte da jovem foi confirmada em depoimentos durante o julgamento que culminou na condenação de Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e Fernanda Gomes de Castro. Eliza foi morta em julho de 2010, e seu corpo nunca foi encontrado.
O documento traz o dia 10 de junho de 2010 como a data da morte de Eliza. A causa da morte está declarada como "emprego de violência aplicda na forma de asfixia mecânica (esganadura)". A hora da morte está como "ignorada". E ainda há a informação de que "o corpo está insepulto, pois ocultado o cadáver". A certidão ainda declara que Eliza não deixa bens a inventários e nem testamento conhecido. A jovem deixou um filho, fruto de seu relacionamento com o goleiro, que tinha quatro meses à época da morte. Atualmente, a criança mora em Mato Grosso do Sul, junto com a mãe de Eliza, Sônia Fátima de Moura.
O oficial de cartório José Nicolau de Oliveira Lima, de 53 anos, que é a terceira geração de proprietários do estabelecimento, disse que desde 1982, quando começou a trabalhar com o negócio da família, nunca havia emitido uma certidão sem atestado de óbito. "É a primeira vez, desde 1982 pra cá, que eu registro um óbito só com um mandado, sem atestado de óbito. Acredito que meu pai e meu avô também não", comentou. O cartório fará 97 anos de fundação em junho próximo.
Segundo Nicolau, o documento foi enviado via correio para a juíza do Tribunal de Júri de Contagem. Ele ainda disse que ninguém da família de Eliza ou advogado procurou pelo documento no cartório. Mas é possível que eles recebam a certidão por meio da Justiça.
Certidão
A certidão de óbito é um documento expedido por um cartório civil, que declara a morte de um indíviduo e os detalhes, como data e local. O atestado de óbito é emitido por um médico que declara a morte de uma pessoa e aponta a causa médica do falecimento. Ele é necessário para a emissão da certidão. No caso de Eliza Samudio, não houve emissão de atestado de óbito.
Júri
Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa.
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.
A juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, determinou, no dia a expedição da certidão de óbito da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão, da qual não cabe recurso, foi publicada no dia 15 de janeiro, no Diário do Judiciário Eletrônico.
No mandado, a causa da morte de Eliza foi declarada como por asfixia. O conselho de sentença do júri entendeu que a morte da jovem foi confirmada em depoimentos durante o julgamento que culminou na condenação de Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e Fernanda Gomes de Castro. Eliza foi morta em julho de 2010, e seu corpo nunca foi encontrado.
O documento traz o dia 10 de junho de 2010 como a data da morte de Eliza. A causa da morte está declarada como "emprego de violência aplicda na forma de asfixia mecânica (esganadura)". A hora da morte está como "ignorada". E ainda há a informação de que "o corpo está insepulto, pois ocultado o cadáver". A certidão ainda declara que Eliza não deixa bens a inventários e nem testamento conhecido. A jovem deixou um filho, fruto de seu relacionamento com o goleiro, que tinha quatro meses à época da morte. Atualmente, a criança mora em Mato Grosso do Sul, junto com a mãe de Eliza, Sônia Fátima de Moura.
O oficial de cartório José Nicolau de Oliveira Lima, de 53 anos, que é a terceira geração de proprietários do estabelecimento, disse que desde 1982, quando começou a trabalhar com o negócio da família, nunca havia emitido uma certidão sem atestado de óbito. "É a primeira vez, desde 1982 pra cá, que eu registro um óbito só com um mandado, sem atestado de óbito. Acredito que meu pai e meu avô também não", comentou. O cartório fará 97 anos de fundação em junho próximo.
Segundo Nicolau, o documento foi enviado via correio para a juíza do Tribunal de Júri de Contagem. Ele ainda disse que ninguém da família de Eliza ou advogado procurou pelo documento no cartório. Mas é possível que eles recebam a certidão por meio da Justiça.
Certidão
A certidão de óbito é um documento expedido por um cartório civil, que declara a morte de um indíviduo e os detalhes, como data e local. O atestado de óbito é emitido por um médico que declara a morte de uma pessoa e aponta a causa médica do falecimento. Ele é necessário para a emissão da certidão. No caso de Eliza Samudio, não houve emissão de atestado de óbito.
Júri
Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa.
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.
Tags
Brasil