Alerta de tsunami é cancelado após terremoto no Japão



Terremoto teve magnitude 7.3 e ocorreu na costa da ilha de Honshu. Tsunami de 1 metro de altura chegou a atingir a cidade de Ishinomaki.

A Agência Meteorológica do Japão suspendeu o alerta de tsunami gerado após o terremoto que atingiu a costa japonesa nesta sexta-feira (7). Ondas de cerca de um metro de altura chegaram a atingir cidade de Ishinomaki, no nordeste do Japão.
O alerta, que afetava cinco províncias da parte nordeste do arquipélago (Miyagi, Fukushima, Iwate, Akita e Aomori), foi retirado pelo organismo sem que se tenha informado sobre vítimas fatais ou danos graves.
O alerta foi cancelado pouco mais de duas horas após o terremoto. No porto de Soma, na província de Fukushima, e no de Kuji, na vizinha Iwate, foram detectadas ondas com altura entre 20 e 40 centímetros.
Segundo a rede "NHK", houve registro de nove pessoas feridas - cinco na província de Miyagi, entre elas uma mulher de 75 anos e um bebê de dois, que se machucaram ao cair durante o terremoto.
Também foram reportados feridos na região de Kanto, onde fica Tóquiox, a maioria por contusões causadas por quedas de objetos, segundo os dados recolhidos até agora pelos serviços de bombeiros e de ambulâncias.
O forte tremor foi sentido na capital japonesa, Tóquio, abalando vários edifícios da cidade, informou o canal de televisão público "NHK". Os serviços de transporte chegaram a ser suspensos, mas foram retomados cerca de duas horas após o primeiro tremor.
Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o terremoto teve magnitude de 7.3, profundidade de 36 km e ocorreu às 18h18 locais (6h18 de Brasília). Seu epicentro foi localizado no mar, na costa leste da ilha de Honshu.
A cidade mais próxima do epicentro é Sendai, a 284 km. Em seguida estão Iwaki, a 296 km, Fukushima, a 319 km. Tóquio está a 459 km.
O terremoto foi seguido de um outro tremor, de magnitude 6.2, ocorrido na mesma região às 18h31 locais.
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, órgão dos EUA, emitiu apenas um aviso sobre o terremoto e informou que não havia risco de um tsunami devastador de grandes proporções, como o ocorrido em 11 de março de 2011 na mesma região, deixando milhares de mortos e causando uma crise nuclear.
No litoral de Fukushima, província que abriga a usina nuclear de mesmo nome, autoridades pediram que os moradores das zonas próximas buscassem refúgio em lugares elevados.
Segundo a Agência Meteorológica japonesa, o tremor foi sentido em quase vinte das 47 províncias do país.
"Os cidadãos estão agora escapando para centros designados de evacuação e indo para lugares mais altos", disse o funcionário de escritório Naoki Ara em Soma, a 30 quilômetros da usina Fukushima-Daiichi.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda cancelou a campanha eleitoral em Tóquio para a eleição de 16 de dezembro e retornou ao gabinete, mas não havia planos de uma reunião de emergência sobre o terremoto.
Centrais nucleares
A empresa de energia elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO) anunciou não ter constatado nenhuma anomalia nas centrais nucleares do nordeste do país.
"Não registramos nada anormal nos dados de seis reatores da central de Fukushima Daiichi", afirmou um porta-voz da TEPCO, em referência a uma unidade gravemente afetada pelo acidente do ano passado.
Também não foram constatados problemas na segunda central de Fukushima (Daini), nem em Onagawa.

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