Agricultor é preso acusado de estuprar filha de cinco anos no Agreste da PB

Segundo o acusado, ele não lembra do que fez porque estava bêbado

 Um agricultor, nome não divulgado , foi preso na zona rural de Areial, no Agreste paraibano, acusado de estuprar a própria filha de cinco anos. Ele foi detido na tarde da última sexta-feira (07). Porém, a confirmação da prisão só foi divulgada na noite desta segunda-feira (10), pela Polícia Civil.
Segundo informações policiais, a denúncia foi feita depois que as professoras notaram mudanças de comportamento da criança. Em depoimento, a mãe da menina disse que os abusos aconteciam há cerca de um ano e que não denunciava porque era ameaçada pelo marido.
O agricultor contou para a Polícia que não recordava do que fazia, porque quando os casos de abuso aconteciam ele estava embriagado. “A denúncia foi feita pelo Conselho Tutelar da cidade de Areial, depois que as professoras da criança notaram um comportamento estranho da criança. A mãe da menina contou que o pai colocava ela no braço, a acariciava demais e que à noite, ia ao quarto dela e no outro dia a criança aparecia com vermelhidão em várias partes do corpo. Só o fato dele ter feito isso já configura como estupro de vulnerável”, informou o delegado Malom Cassemiro.
Os abusos eram registrados dentro da casa do agricultor, no sítio ‘Gravatazinho’. “A mãe da menina tinha medo de denunciar, disse que além da dependência financeira, ela teria dependência psicológica e ela temia apanhar, sofrer também algum tipo de violência. Os abusos aconteciam há cerca de um ano e depois de perceber, ela começou a vigiar a criança, mas disse não agüentar mais viver com essa situação. Ela não responderá por nenhum tipo de processo”, contou Malom.
O último levantamento realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano aponta que de janeiro a junho deste ano foram atendidos nos Creas regionais 94 casos de violência física e 38 de abuso sexual a crianças e adolescentes com idades de 0 a 18 anos. Além disso, 29 casos de exploração sexual, 111 de negligência e oito registros de trabalho infantil foram contabilizados.

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