Para especialista, no entanto, ainda não é possível associar notas com projeto de patrulhamento
Iniciativa que gerou polêmica ao ser lançada em maio
deste ano, a presença de policiais militares armados dentro das escolas
estaduais estaria tendo efeitos positivos no rendimento e na
assiduidade dos alunos, segundo a Secretaria de Educação. Um
levantamento feito pelo órgão mostra que 57% das unidades que foram
contempladas com o patrulhamento apresentaram melhoria, entre o primeiro
e o terceiro bimestres, nas notas de português em testes de avaliação
da rede. Em matemática, porém, a situação permaneceu praticamente
estável: 93% dos colégios apenas mantiveram a nota no período. O índice
de presença de estudantes nos exames — que não são obrigatórios, mas
servem para avaliar a qualidade do ensino — cresceu de 70,2% para 74,9%.
O levantamento analisou 61 escolas que aderiram ao Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis) desde seu início. O projeto atualmente está em 140 unidades. Os PMs trabalham fardados, mas recebem uma gratificação para atuar na folga. Em português, além dos 57% de colégios que tiveram melhoria, 38% ficaram estáveis e 5% pioraram o desempenho. Em matemática, além dos 93% estáveis, 3% evoluíram e 4% diminuíram.
Com seis meses de projeto, há registros até de prisão e de apreensão de drogas. No Colégio Amaro Cavalcanti, no Catete, um jovem foi detido com drogas na mochila após uma solicitação da direção, que recebeu uma denúncia por e-mail.
Professora da Faculdade de Educação da UFF e autora de uma pesquisa sobre violência nas escolas, Marília Arreguy acredita que ainda não é possível fazer uma relação entre o rendimento e a presença dos PMs, que ela não considera positiva:
— Quando há um policial na escola, parece que a lei da palavra do professor não está funcionando.
A certificação de professores é mais uma iniciativa da Secretaria de Educação para combater uma crise histórica na rede pública fluminense. Em 2009, a rede estadual ficou em último lugar, ao lado da do Piauí, no ranking de ensino médio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com nota 2,8. No ranking de 2011, o quadro apresentou evolução, com a nota pulando para 3,2. O Rio cresceu 11 posições e chegou ao 15º lugar. Mesmo assim, permanece sendo o pior entre os estados do Sul e do Sudeste.
Um dos pontos mais críticos na rede estadual é o ensino médio noturno, principalmente na capital e em municípios da Região Metropolitana. Somente na cidade do Rio de Janeiro, no ano passado, 104 escolas não conseguiram aprovar nem metade de seus alunos matriculados no ensino médio. O número corresponde a pouco mais de um terço (37%) das unidades. Os colégios funcionam em geral em prédios cedidos pela prefeitura do Rio, que durante o dia os utiliza para o ensino fundamental. Para tentar mudar esse quadro, a Secretaria estadual de Educação está elaborando um projeto de reformulação do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), antigo supletivo, com aulas que atraiam mais a atenção dos estudantes.
O levantamento analisou 61 escolas que aderiram ao Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis) desde seu início. O projeto atualmente está em 140 unidades. Os PMs trabalham fardados, mas recebem uma gratificação para atuar na folga. Em português, além dos 57% de colégios que tiveram melhoria, 38% ficaram estáveis e 5% pioraram o desempenho. Em matemática, além dos 93% estáveis, 3% evoluíram e 4% diminuíram.
Com seis meses de projeto, há registros até de prisão e de apreensão de drogas. No Colégio Amaro Cavalcanti, no Catete, um jovem foi detido com drogas na mochila após uma solicitação da direção, que recebeu uma denúncia por e-mail.
Professora da Faculdade de Educação da UFF e autora de uma pesquisa sobre violência nas escolas, Marília Arreguy acredita que ainda não é possível fazer uma relação entre o rendimento e a presença dos PMs, que ela não considera positiva:
— Quando há um policial na escola, parece que a lei da palavra do professor não está funcionando.
A certificação de professores é mais uma iniciativa da Secretaria de Educação para combater uma crise histórica na rede pública fluminense. Em 2009, a rede estadual ficou em último lugar, ao lado da do Piauí, no ranking de ensino médio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com nota 2,8. No ranking de 2011, o quadro apresentou evolução, com a nota pulando para 3,2. O Rio cresceu 11 posições e chegou ao 15º lugar. Mesmo assim, permanece sendo o pior entre os estados do Sul e do Sudeste.
Um dos pontos mais críticos na rede estadual é o ensino médio noturno, principalmente na capital e em municípios da Região Metropolitana. Somente na cidade do Rio de Janeiro, no ano passado, 104 escolas não conseguiram aprovar nem metade de seus alunos matriculados no ensino médio. O número corresponde a pouco mais de um terço (37%) das unidades. Os colégios funcionam em geral em prédios cedidos pela prefeitura do Rio, que durante o dia os utiliza para o ensino fundamental. Para tentar mudar esse quadro, a Secretaria estadual de Educação está elaborando um projeto de reformulação do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), antigo supletivo, com aulas que atraiam mais a atenção dos estudantes.
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Educação