Restaurantes, padarias, creches, escolas e hospitais aparecem em seguida. Ovos, carnes, leite, doces e água são as principais fontes de infecções.
A maioria das contaminações alimentares ocorre
dentro da própria casa dos brasileiros, e não em locais onde a comida
possa ter procedência duvidosa, segundo a gerente da Unidade Técnica de
Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar da Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, Rejane Alves.
Em seguida, os focos mais comuns são restaurantes, padarias, creches, escolas e hospitais. E os alimentos mais perigosos para intoxicação são ovos, carnes (frango e boi), leite e queijos não pasteurizados, vegetais crus e frescos, doces e água, destacou a representante do governo na 2ª Conferência Internacional em Epidemiologia, realizada entre esta segunda (12) e quarta-feira (14) no Expo Center Norte, em São Paulo.
"Nas creches e escolas, precisamos educar, informar e orientar as merendeiras para que mantenham sempre as mãos e as unhas limpas", disse. Essa recomendação vale também para as donas de casa e para qualquer pessoa que for manipular, preparar ou consumir alimentos.
Outra dica é manter a comida fora da zona de temperatura considerada perigosa, que fica entre os 5°C e os 60°C. Ou seja, para ter um bom cozimento, é importante chegar a pelo menos 70° C.
Mulheres, crianças e adolescentes costumam ser os principais alvos das fontes de contaminação, por terem uma exposição maior e muitas vezes um sistema de defesa enfraquecido – como é o caso de grávidas e bebês.
Os principais patógenos que causam infecção, segundo o Ministério da Saúde, são bactérias do tipo Salmonella, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Bacillus cereus, Clostridium perfringens, os organismos que provocam hepatite A e o rotavírus – uma das principais causas de diarreia em crianças, contra a qual existe vacina na rede pública desde 2006.
Por região do país, o Sul concentra 42% dos casos de contaminação alimentar; o Sudeste, 37,3%; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 5,2%; e o Norte, 3,5%. Mas, segundo Rejane Alves, esses dados evidenciam apenas uma maior vigilância no Sul e no Sudeste, e não um maior número de ocorrências nesses lugares.
Dados nacionais de 2007 sobre mortalidade no Brasil apontam que 10% eram por doenças infecciosas, 72% por doenças crônicas não-transmissíveis (como diabetes, infarto e derrame), 13% por causas externas (como acidentes e homicídios) e 5% por doenças materno-infantis.
Segundo ressaltou o diretor da Divisão de Doenças de Transmissão Alimentar, Hídrica e Ambiental do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA, Tom Chiller, que também esteve presente no congresso na capital paulista, toda a cadeia produtiva de alimentos precisa estar envolvida para evitar contaminações – desde a fazenda até a mesa.
"Na maior parte das vezes, as comidas contaminadas têm aspecto, cheiro e gosto normais, mas contêm toxinas que só podem ser identificadas por uma análise laboratorial", disse.
De acordo com a pesquisadora Friederike Mayen, do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), ligado à Organização Panamericana de Saúde (Opas), que integrou a mesa de debates sobre o tema, o direito do consumidor e a responsabilidade dos produtores não existem em todos os países do mundo, o que dificulta muito o controle de itens importados.
"Quando o surto ocorre, não adianta apenas medicar o paciente, precisa também fazer um relatório sobre a doença e notificar a rede de saúde", afirmou.
Em seguida, os focos mais comuns são restaurantes, padarias, creches, escolas e hospitais. E os alimentos mais perigosos para intoxicação são ovos, carnes (frango e boi), leite e queijos não pasteurizados, vegetais crus e frescos, doces e água, destacou a representante do governo na 2ª Conferência Internacional em Epidemiologia, realizada entre esta segunda (12) e quarta-feira (14) no Expo Center Norte, em São Paulo.
"Nas creches e escolas, precisamos educar, informar e orientar as merendeiras para que mantenham sempre as mãos e as unhas limpas", disse. Essa recomendação vale também para as donas de casa e para qualquer pessoa que for manipular, preparar ou consumir alimentos.
Outra dica é manter a comida fora da zona de temperatura considerada perigosa, que fica entre os 5°C e os 60°C. Ou seja, para ter um bom cozimento, é importante chegar a pelo menos 70° C.
Mulheres, crianças e adolescentes costumam ser os principais alvos das fontes de contaminação, por terem uma exposição maior e muitas vezes um sistema de defesa enfraquecido – como é o caso de grávidas e bebês.
Os principais patógenos que causam infecção, segundo o Ministério da Saúde, são bactérias do tipo Salmonella, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Bacillus cereus, Clostridium perfringens, os organismos que provocam hepatite A e o rotavírus – uma das principais causas de diarreia em crianças, contra a qual existe vacina na rede pública desde 2006.
Por região do país, o Sul concentra 42% dos casos de contaminação alimentar; o Sudeste, 37,3%; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 5,2%; e o Norte, 3,5%. Mas, segundo Rejane Alves, esses dados evidenciam apenas uma maior vigilância no Sul e no Sudeste, e não um maior número de ocorrências nesses lugares.
Dados nacionais de 2007 sobre mortalidade no Brasil apontam que 10% eram por doenças infecciosas, 72% por doenças crônicas não-transmissíveis (como diabetes, infarto e derrame), 13% por causas externas (como acidentes e homicídios) e 5% por doenças materno-infantis.
Segundo ressaltou o diretor da Divisão de Doenças de Transmissão Alimentar, Hídrica e Ambiental do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA, Tom Chiller, que também esteve presente no congresso na capital paulista, toda a cadeia produtiva de alimentos precisa estar envolvida para evitar contaminações – desde a fazenda até a mesa.
"Na maior parte das vezes, as comidas contaminadas têm aspecto, cheiro e gosto normais, mas contêm toxinas que só podem ser identificadas por uma análise laboratorial", disse.
De acordo com a pesquisadora Friederike Mayen, do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), ligado à Organização Panamericana de Saúde (Opas), que integrou a mesa de debates sobre o tema, o direito do consumidor e a responsabilidade dos produtores não existem em todos os países do mundo, o que dificulta muito o controle de itens importados.
"Quando o surto ocorre, não adianta apenas medicar o paciente, precisa também fazer um relatório sobre a doença e notificar a rede de saúde", afirmou.
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