Estudo indica que depressão na gravidez pode estimular parto prematuro



Os pesquisadores acompanharam mais de 14 mil mulheres grávidas

 As mulheres que têm sintomas de depressão durante a gravidez sofrem mais riscos de ter um parto prematuro, sugere um novo estudo desenvolvido na University of Chicago (EUA). Os resultados foram publicados na revista American Journal of Obstetrics & Gynecology.
Os pesquisadores acompanharam mais de 14 mil mulheres grávidas durante toda a gestação. Segundo os dados recolhidos, as mulheres que apresentaram depressão antes e durante a gravidez eram 30% mais propensas a ter um parto prematuro do que aquelas sem o quadro clínico.
No entanto, os autores ainda não podem estabelecer uma relação de causa e efeito, já que existem outras variáveis para serem consideradas, como fumo, hábitos alimentares durante a gravidez e o peso da mãe antes e durante a gestação. Mesmo assim, eles afirmam que os resultados combinam com estudos anteriores sobre o assunto. É importante alertar as mães com depressão sobre os sinais de um parto prematuro e como agir nesses casos.
Há algumas mudanças de hábitos que a mulher deve realizar em nome do desenvolvimento de uma gestação tranquila e livre de incômodos. Os ginecologistas Denis José Nascimento, presidente da comissão de gravidez de alto risco da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) e Mário Martinez, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, listam os tópicos que merecem atenção especial durante os nove meses:
"A gestante tem os vasos naturalmente mais abertos para facilitar a troca de sangue com seu bebê, e a água quente do banho ou da sauna aumenta ainda mais essa dilatação, causando a queda de pressão", explica Mário Martinez.
O uso da ureia durante a gravidez não é indicado pela Anvisa, pois trata-se de uma substância tóxica que pode prejudicar o bebê. Como alternativa, o especialistas indicam os óleos de semente de uva e de amêndoas, que penetram a pele, hidratam e não fazem mal ao bebê.
Tinturas, escova progressiva e outros tipos de alisamento são tóxicos ao bebê. "Alguns tonalizantes sem amônia podem ser usados, desde que não entrem em contato com a raiz do cabelo", afirma o obstetra Mário. "Mesmo assim, o ideal é levar a embalagem ao médico na consulta pré-natal e pedir a opinião dele."
A atividade física é altamente recomendada neste período, mas a mulher precisa ter cuidado com os exageros. Pegar peso demais, segundo o ginecologista Denis, causa lombalgia, e pode até levar a um parto prematuro.
"Com o salto, a mulher começa a andar com as pernas abertas, para aumentar a base de apoio do corpo", afirma Mário Martinez. 'Com isso, cresce o risco de quedas, além dos problemas relacionados à postura", completa. Se a ocasião pedir saltos, 4cm são o limite seguro.
Mais de três xícaras de café por dia pode causar problemas ao feto. "A cafeína em excesso atrapalha a transfusão de sangue da mãe pra criança, recebendo menos nutrientes", explica Denis Nascimento.

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