Homem assumiu ter espancado, mas negou estupro.
Exames comprovaram que menina de nove anos foi violentada.
A Polícia Civil prendeu na noite da quarta-feira (19) um homem suspeito de ter espancado e estuprado uma criança durante uma festa junina em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, em junho deste ano. O homem foi preso em casa após três meses de investigação. A menina, que tem nove anos de idade, segue recebendo acompanhamento do Conselho Tutelar.
A delegada de repressão aos crimes contra a criança e o adolescente de Campina Grande, Alba Tânia, disse ao G1 que as investigações utilizaram imagens das câmeras de monitoramento do Parque do Povo, local onde é realizada a festa de São João da cidade e de onde a criança teria sido levada pelo estuprador. "Nós já tínhamos a identificação da imagem do suspeito, mas até chegar à pessoa precisamos de muitas diligências", disse.
O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de junho e, na época, exames solicitados pelo Conselho Tutelar apontaram que a criança foi violentada. A criança teria sido obrigada a ingerir bebida alcoólica antes de ser atacada, segundo a polícia. O Conselho informou que a criança está recebendo os cuidados médicos e psicológicos com toda uma equipe.De acordo com a delegada, foram utilizadas provas testemunhais para localizar o rapaz, que tem 24 anos de idade. Segundo ela, o suspeito assumiu que tirou a menina do Parque do Povo e a levou para um local próximo, a Rodoviária Velha, onde teria espancado e tentado beijar à força a garota. Porém, ele não confessou o estupro e disse que a deixou em um galpão.
Segundo a delegada, ela já havia sofrido uma tentativa de estupro há pouco mais de um mês. No primeiro caso, um adolescente teria tentado estuprar a menina. Contudo, segundo o delegado Kelsen Vasconcelos, ela disse à polícia que a violência não havia se consumado e se recusou a realizar exames de conjunção carnal.
A mãe da vítima foi indiciada por maus tratos e pode perder a guarda da criança. O suspeito será encaminhado ainda nesta quinta-feira (20) para o Presídio Raymundo Asfora, o Serrotão. Alba Tânia explicou que a prisão só foi possível devido a um trabalho conjunto entre as delegacias de repressão aos crimes contra a criança e o adolescente e da infância e juventude.
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