Professores paralisam atividades e 400 mil ficam sem aulas na Paraíba


Cerca de 17 mil professores da rede estadual paralisaram as atividades. 
Categoria reivindica, principalmente, a implantação do piso nacional.



Cerca de 17 mil professores da rede estadual de ensino na Paraíba paralisam as atividades nesta quarta (5) e quinta-feira (6). Pelos dados do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), 400 mil estudantes vão ficar sem aulas. Por conta do feriado da sexta-feira (7 de setembro), as escolas voltam a funcionar normalmente na segunda-feira (10).
A Secretaria de Estado da Educação não divulgou nenhuma nota oficial sobre a paralisação até a manhã desta quarta-feira.
O coordenador geral do Sintep-PB, Carlos Belarmino, explicou que esse é um movimento nacional e a pauta de reivindicações inclui a aplicação da Lei Nacional do Piso do Magistério, promulgada em 2008,e que não é cumprida em 10 estados, e o investimento de 10% na Educação dentro do plano do governo federal. Segundo o sindicato, o salário de um professor da rede estadual é R$ 1.038 e o piso nacional prevê a remuneração no valor de R$ 1.451.
Os professores também reivindicam mais segurança e maior gratificação para os diretores. “A gratificação na Paraíba é uma das mais baixas do país. Ela varia entre R$ 250 e R$ 300 quando a média nacional fica algo em torno de R$ 500 a R$ 3 mil”, finalizou.“Estamos cobrando além do piso nacional o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração em relação as progressões”, disse Carlos Belarmino. Ele disse que na pauta local, existem mais reivindicações. “Também queremos a jornada de 30 horas semanais para os funcionários das escolas, concursos públicos para todos os segmentos das escolas sendo desde a merendeira até o professor. Queremos o serviço de orientação escolar com psicólogos, assistente social, supervisor escolar e orientador”, explicou o coordenador geral do Sintep-PB.
Nesta quarta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Cnte) realiza, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, em Brasília. São esperados 10 mil trabalhadores na Esplanada dos Ministérios.
Na Paraíba, os professores devem participar da Marcha dos Excluídos na quinta-feira em João Pessoa. Também está marcada uma reunião no Ministério Público para discutir sobre a Lei Nacional do Piso do Magistério.

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