Ataques a embaixadas dos EUA causou a destruição da bandeira norte-americana
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, disse na quinta-feira que apoiava protestos pacíficos, mas não os ataques a embaixadas, depois que egípcios furiosos com um filme considerado um insulto ao profeta Maomé invadirem a embaixada dos EUA no Cairo e destruírem a bandeira norte-americana.
"Expressar a opinião, ter liberdade para protestar e anunciar posições é garantido, mas sem atacar propriedades privadas ou públicas, missões diplomáticas ou embaixadas", disse Mursi, um político islamista que é o primeiro presidente livremente eleito do Egito.
Ele se comprometeu a proteger os estrangeiros no país.
O incidente vai testar a forma como Mursi lida com os laços com os Estados Unidos --um estreito aliado do Egito sob o governo do presidente deposto, Hosni Mubarak. Ele tem sido cauteloso com os islamistas e também com o governo dos EUA, que é um grande doador de ajuda ao Cairo. Mubarak foi derrubado em uma onda de protestos populares.
O embaixador dos EUA na Líbia e outros três funcionários foram mortos quando o consulado norte-americano em Benghazi foi atacado durante a noite de terça-feira.
Manifestantes nesta quinta-feira invadiram a embaixada dos EUA no Iêmen. No Cairo, polícia e manifestantes entraram em confronto perto da embaixada dos EUA no centro da cidade, enquanto o discurso gravado de Mursi era televisionado. Os jovens atiraram pedras contra um cordão policial que estava bloqueando a estrada que leva à embaixada. A polícia lançou gás lacrimogêneo.
Mursi afirmou que tinha conversado com o presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira. "Afirmei a ele a necessidade de medidas legais de dissuasão contra aqueles que querem prejudicar as relações entre os povos, e especialmente entre o povo do Egito e o povo dos EUA", disse.
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