Mulher de 28 anos foi detida na sexta-feira na capital.
Presos na ação são suspeitos de integrar grupo criminoso na Grande JP.
Uma mulher de 28 anos foi presa na sexta-feira (21) suspeita de integrar um grupo criminoso que, de acordo com a polícia, pode ser responsável por 60% dos homicídios cometidos neste ano na Grande João Pessoa. A ação faz parte da Operação Esqueleto que já prendeu 44 pessoas desde a quarta-feira (19) e contou com equipes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.
Com a suspeita a polícia apreendeu pedras de crack, uma escopeta calibre 12 e celulares. De acordo com o delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), Cristiano Jacques, a mulher é esposa de um dos presos no início da 'Operação Esqueleto'. Segundo o delegado, ela também participava do grupo criminoso. “Ela tinha como função dentro do grupo esconder a droga, tirando de um lugar para outro, evitando assim o flagrante e dificultando o trabalho da polícia", o delegado afirmou ainda que outras pessoas podem ser presas no decorrer das investigações.
A suspeita foi encaminhada ao Presídio Feminino da capital, onde vai permanecer à disposição da Justiça.
Na quinta-feira (20) mais um suspeito de envolvimento em tráfico de drogas e homicídios em João Pessoa foi preso na comunidade do Timbó. Segundo o delegado do GOE que coordenou a operação, Cristiano Jacques, o suspeito foi preso em flagrante, com meio quilo de crack.
A Polícia Civil já anunciou que vai pedir a transferência de alguns dos detidos na operação para presídios federais. A ação conjunta deteve, inicialmente, 42 pessoas e desarticulou toda uma organização criminosa. Segundo o delegado Cristiano Jacques, a organização seria responsável por comandar o tráfico de drogas no estado, queimar ônibus,realizar rebeliões em presídios, além de ser mandante dos principais homicídios violentos registrados na Grande João Pessoa.
A Polícia Civil já anunciou que vai pedir a transferência de alguns dos detidos na operação para presídios federais. A ação conjunta deteve, inicialmente, 42 pessoas e desarticulou toda uma organização criminosa. Segundo o delegado Cristiano Jacques, a organização seria responsável por comandar o tráfico de drogas no estado, queimar ônibus,realizar rebeliões em presídios, além de ser mandante dos principais homicídios violentos registrados na Grande João Pessoa.
De acordo com a polícia, o grupo era responsável por 60% dos homicídios praticados em 2012 na região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. 50 mandados de prisão foram expedidos.
Dos 42 mandados de prisão cumpridos, 25 foram expedidos para suspeitos em liberdade e 17 são contra acusados que já estavam presos e atuavam de dentro dos presídios. Os suspeitos detidos durante a operação serão levados provisoriamente para presídios da capital paraibana. No balanço apresentado na coletiva, a polícia informou que foram apreendidos um revólver, munição, aproximadamente 1 kg de crack, e uma grande quantia em dinheiro, incluindo doláres e sucres, moeda usada nos países da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América).
O delegado Cristiano Jaques afirmou que essas prisões pode ser considerada a maior operação conjunta feita no estado. “Esta organização criminosa existia na Paraíba até hoje (19). A partir de agora posso afirmar que este grupo criminoso organizado não existe mais. É o fim do grupo organizado no estado”, sentenciou Jacques. Ainda conforme o delegado, a maioria dos crimes violentos cometidos na Região Metropolitina de João Pessoa serão reduzidos drasticamente.
Entre os presos na ação conjunta das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal está um
sargento da Polícia Militar, que também era candidato a vereador em Bayeux pelo partido PSL. Segundo o delegado Cristiano Jacques, Arnóbio Gomes Fernandes prestava serviços de segurança particular para sub-chefes da quadrilha de tráfico de drogas. De acordo com o Secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto para investigar a participação do sargento na organização.
sargento da Polícia Militar, que também era candidato a vereador em Bayeux pelo partido PSL. Segundo o delegado Cristiano Jacques, Arnóbio Gomes Fernandes prestava serviços de segurança particular para sub-chefes da quadrilha de tráfico de drogas. De acordo com o Secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto para investigar a participação do sargento na organização.
Segundo investigações, a violência para executar as vítimas era uma característica marcante do grupo criminoso. A polícia afirma que traficantes rivais que "invadiam" a área da organização eram assassinados com requintes de crueldade.
Algumas dessas execuções, principalmente por esquartejamento, eram acompanhadas em tempo real, através de celulares, por criminosos do bando. Mais de 340 policiais participaram da operação.
Segundo a Polícia Civil, foi constatada no curso das investigações a existência de uma organização criminosa administrada de dentro dos presídios de João Pessoa, como se fosse uma verdadeira empresa. Os lideres que cumpriam pena detidos deixavam uma cartilha para que os integrantes livres cumprissem compromissos.
Ainda conforme a polícia o grupo tinha hierarquia e tarefas bem definidas, com gerentes, distribuidores, soldados do tráfico e vendedores diretos aos dependentes químicos. A organização criminosa atuava nos bairros periféricos da capital, bem como nos municípios deSanta Rita e Bayeux, na Grande João Pessoa.
Relação com outras organizações criminosas
Para Cristiano Jaques, grande parte das drogas comercializadas pela organização criminosa paraibana desarticulada nesta quarta-feira (19) era fruto de parcerias com organizações criminosas de outros estados, como São Paulo. “Há indícios de que uma outra grande organização criminosa de São Paulo tinha vínculos com a organização desarticulada hoje na Paraíba. A investigação aponta que parte da droga comercializada aqui era enviada por São Paulo”, comentou.
O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, afirmou que o combate ao tráfico de drogas e a violência consequente não passa apenas por ações do próprio estado, uma vez que as drogas não são produzidas na Paraíba. “Não temos produção de drogas. A maconha, o crack, a cocaína, o ecstasy são trazidos até as nossas cidades. A droga consumida no estado vem de fora. O combate ao tráfico tem que ser tratado como um trabalho conjunto em todo país”, explicou.
Lavagem de dinheiro
Após o cumprimento do mandado de prisão e busca e apreensão, a polícia passará a investigar um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pela organização criminosa. Segundo Cristiano Jacques, a quadrilha investia parte do dinheiro coletado com o tráfico de drogas na construção civil.
“Encontramos um grande prédio sendo construído na comunidade do Timbó, nos Bancários (em João Pessoa), que seria financiado com dinheiro de traficantes. Iremos investigar se outras casas construídas na comunidade possuem ligação com o grupo”, completou.
De acordo com o Jacques, a operação não acabou e o trabalho da polícia será contínuo. Para o delegado do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), a polícia não teme represálias. “Iremos continuar reprimindo o crime que quer se organizar. Não tememos represálias, a polícia não vai, de forma alguma, temer bandidos”, declarou.
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