Funcionários e professores param e alunos ficam sem aulas na Paraíba


Rede estadual de ensino tem aproximadamente 400 mil alunos.
Trabalhadores da Educação reivindicam plano de cargos e carreira.


Os professores e funcionários da rede estadual de ensino da Paraíba decidiram parar as atividades e os quase 400 mil alunos das escolas estaduais estão sem aula nesta terça-feira (25). A paralisação estava prevista no calendário anual de mobilização dos trabalhadores em Educação e tem o objetivo de reivindicar melhorias para a categoria. Além desta terça-feira, a categoria ainda vai promover mais duas paradas no dia 26 dos meses de outubro e novembro.
A assessoria da Secretaria de Estado da Educação e a Secretaria de Estado da Administração informou, através de nota, que recebeu os representantes das categorias, ouviu as reivindicações e se prontificou a fazer uma reflexão mais ampla sobre o assunto. Ficou acertado que outros encontros seriam agendados até o fim deste ano para amadurecer as questões, segundo a assessoria.Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), a principal motivação do protesto é o descumprimento por parte do Governo do Estado do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os profissionais no que está relacionado ao crescimento relativo à formação do docente.
"No mês passado o governo enviou para a Assembleia o projeto para que não tivéssemos mais progressão. Hoje, quem é professor, não tem mais progressão, fica estagnado, pois entra, evolui e se aposenta sempre no mesmo estágio de reconhecimento e de vencimento", disse Edna Serafim, que faz parte da direção do Sintep. Ela disse ainda que o Governo afirma pagar o piso salarial nacional para os professores, mas que não o faz.
De acordo com o sindicato, os funcionários, vigilantes, auxiliar de serviços gerais, assistentes administrativos, bibliotecários e cozinheiras também paralisaram para reclamar quanto à jornada de trabalho, que é de oito horas diárias. A reivindicação é que seja diminuída para seis horas corridas. "Tem essa determinação da carga de trabalho grande, mas não há a contrapartida, como vale-transporte, ticket alimentação, salário mínimo. Nada disso tem", disse Edna.
Em Campina Grande e João Pessoa a reivindicação não ficará apenas com a cobrança profissional. Os trabalhadores vão se organizar e realizar manifestações nas ruas para dar mais força ao movimento. Na capital, os docentes estão reunidos desde o início da manhã na sede do sindicato, no Centro da cidade. Já em Campina Grande, a partir das 15h, na academia popular do bairro Presidente Médici, docentes e não docentes promoverão uma mobilização para cobrar abertura nas negociações com o governo.

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