O embaixador morreu por asfixia, como consequência do incêndio que explodiu no edifício.
O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, e outras três pessoas morreram em um ataque ao consulado americano em Benghazi, na noite desta terça-feira (11), durante um protesto de homens armados contra um filme que foi considerado ofensivo ao Islã, disse o vice-ministro líbio do Interior, Wanis al Sharef.
Segundo Al Sharef, além do embaixador, que tinha viajado ontem a Benghazi desde Trípoli, as outras três vítimas eram membros da segurança que tentaram controlar a situação e foram baleados.
Em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), Al Sharef acusou apoiadores do ex-líder líbio Muammar Gaddafi, morto no ano passado, de realizar o ataque.
"Haviam granadas lançadas por foguetes...o que mostra que havia forças que exploravam isso. Eles são resquícios do (antigo) regime", disse o vice-ministro, que acredita que os agressores poderiam estar agindo por vingança pela extradição do ex-chefe da inteligência de Gaddafi, Abdullah al-Senoussi, da Mauritânia, este mês.
O responsável da Alta Comissão de Segurança em Benghazi, Fawzi Wanis, declarou ao canal de televisão Al Jazeera que o embaixador morreu por asfixia, como consequência do incêndio que explodiu no edifício. Os corpos das vítimas e os trabalhadores da missão diplomática estão sendo transferidos para Trípoli.
Nesta quarta-feira (12), o presidente americano Barack Obama divulgou um comunicado no qual condenou o ataque e agradeceu aos serviços prestados por Stevens.
"Em um comentário pessoal, Chris era um representade corajoso e exemplar dos Estados Unidos. Ele serviu o país durante a revolução na Líbia e na nossa missão em Benghazi. Como embaixador em Trípoli, ele apoiou a transição democrática da Líbia. Seu legado será lembrado enquanto houver luta por liberdade e justiça. Estou profundamente agradecido pelos seus serviços na minha administração e triste pela perda", disse Obama.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também condenou o ataque. "Condeno nos termos mais enérgicos o ataque contra nossa missão em Benghazi hoje. Enquanto trabalhamos para resguardar a segurança de nosso pessoal e instalações, confirmamos a morte de um de nossos oficiais do Departamento de Estado", disse Hillary em comunicado emitido pelo Departamento de Estado.
"Esta terrível perda nos parte o coração. Nossos pensamentos e orações estão com sua família e com aqueles que sofreram neste ataque", acrescentou.
Além disso, Hillary declarou que ligou para o presidente do Congresso Geral Nacional líbio, Mohammed el-Magariaf, "para coordenar apoio adicional para proteger os americanos na Líbia". (Com Reuters e Efe)
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