Direção do Trauma deu prazo de 48h para cooperativa apresentar escalas.
Decisão foi tomada após falta de profissionais no feriado do 7 de setembro.
A direção do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luís Gonzaga Fernandes de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, deu um prazo de 48 horas para que a Cooperativa de Ortopedistas e Traumatologistas da cidade (Cootac) apresente uma escala de trabalho para ser cumprida na unidade com a definição dos médicos que trabalharão em vários plantões. A decisão foi tomada depois que a direção denunciou uma suposta falta ao trabalho de vários médicos no feriado de 7 de setembro.
De acordo com o diretor, na sexta-feira (7) sete médicos estavam de plantão, já que o dia era feriado, mas apenas um compareceu ao trabalho. Ele disse que o plantonista ficou sobrecarregado com cirurgias e que o atendimento ao público ficou por mais de três horas sem ortopedista, especialista mais exigido na unidade hospitalar, segundo Flaubert.A direção chegou a tentar registrar um Boletim de Ocorrência (BO) contra os profissionais e ameaçou acionar o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina. "A categoria recebeu esse prazo para entregar a escala para fazermos um acompanhamento mais direto dos profissionais que estão nos plantões. Caso isso não seja feito, iremos procurar o órgão competente para reclamar oficialmente", disse o diretor técnico da unidade, Flaubert Cruz.
O vice-presidente da Cootac, Andrey Leal Wanderley, disse que não sabe os motivos pelos quais os médicos faltaram na sexta-feira, mas que quando foram informados, ele e o presidente da cooperativa foram trabalhar no hospital, mesmo não sendo o plantão deles, para não deixar prejudicado o atendimento à população.
Ele informou ainda que um dos médicos apresentou justificativa para a falta e que a cooperativa está investigando a falta dos demais especialistas, que podem ser punidos. Ele explicou que os profissionais podem receber uma advertência, uma suspensão ou até o desligamento da cooperativa. "Nós não compactuamos com esse tipo de atitude, mas acredito que também não precisava a direção prestar queixa", concluiu.
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Saúde