Seguindo a tendência nacional, os bancários da Paraíba entram em greve a partir desta terça-feira (18). A decisão foi tomada após assembleias da categoria em João Pessoa, Campina Grande e região da Borborema. A paralisação é por tempo indeterminado e o atendimento nos estabelecimentos bancários só será feito em caixas eletrônicos.
Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, informou que 120 agências da área do sindicato ficarão sem funcionar. O serviço de compensação de cheques, garantido por lei, e de autoatendimento para saques e consultas, no entanto, vão permanecer funcionando. “A gente entende que é importante que o trabalhador receba o seu dinheiro”, disse Marcos, que garantiu que não vai faltar dinheiro nos caixas eletrônicos.
Segundo informações do sindicato, a categoria segue a orientação do Comando de Greve Nacional dos Bancários, que considerou insuficiente a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, o que significa aumento real de 0,58%. Em nova rodada de negociação realizada no dia 4 de setembro, conforme informou o sindicato, a Fenaban não apresentou nenhuma nova proposta.
Entre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial de 10,25% - que repõe a inflação e ainda dá um aumento real de 5% -, piso salarial de R$ 2.416,38 e participação nos lucros das instituições bancárias de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
Eles ainda pedem Plano de Cargos e Salários para todos os bancários, elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição, mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Como pagar as contas?
Com a greve, os consumidores devem buscar formas alternativas para pagar as contas. A responsabilidade pelo pagamento no vencimento é do consumidor, porém, o fornecimento da segunda via de boleto, faturas ou alternativas para que seja efetuado o pagamento das dívidas, mesmo diante da paralisação, é obrigação do fornecedor. A maioria das contas pode ser paga até a data do vencimento em agências lotéricas, correspondentes bancários ou caixas eletrônicos. O Procon-PB já adiantou que realizará o acompanhamento dos serviços oferecidos durante a greve.
O Procon de Campina Grande alerta que os bancos devem manter os caixas eletrônicos em funcionamento e abastecidos para a realização de saques. O serviço on-line também deverá estar em funcionamento para oferecer ao consumidor outra opção de realização das suas transações bancárias, garantindo assim um efetivo mínimo nas agências da cidade.
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